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S&P: Adiar reestruturação do Novo Banco "não é positivo para a banca nacional"

A agência de notação financeira defende que a litigância tornou difícil a venda da instituição, pelo que não ficou surpreendida com a suspensão. Contudo, alerta para o risco de se adiar a reestruturação da instituição.

Bloomberg
04 de Novembro de 2015 às 14:56
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O Novo Banco ia ser vendido. Não foi, mas isso não surpreendeu a Standard & Poor’s (S&P) por cauda dos danos de imagem, mas principalmente pela litigância associada. O processo será retomado, sendo a discussão em torno da reestruturação. Quanto mais se atrasar essa operação, pior será para o sector. A agência alerta que o adiamento "não é positivo para a dinâmica da banca nacional".

"A possibilidade de entrada de um novo dono poderia ter acelerado a reestruturação do Novo Banco, potencialmente suportando a reviravolta na baixa rentabilidade do banco", diz a agência de notação que não atribui qualquer "rating" à instituição. "Poderia também ter levado à recuperação de algum dinamismo comercial". Isso não aconteceu. Por isso, "actualmente, há o risco de a necessária reestruturação ser adiada".


Este eventual adiamento, contudo, pode ter impacto no resto do sector. "Na nossa perspectiva, isto [o adiamento da reestruturação] não seria positivo para a dinâmica de competitividade do sistema financeiro português", refere a nota de investimento obtida pelo Negócios.


Impacto da venda


Outro ponto sublinhado pela agência de notação financeira é a venda da instituição, mas com foco no impacto nos restantes bancos. "Todos os bancos no sistema financiam o Fundo de Resolução e podem, por isso, ser chamados a suportar os custos com a perda" associada à venda a um valor inferior ao injectado no banco.


"Este risco diminuiu no curto prazo tendo em conta que a venda foi cancelada, mas pode reemergir com a retoma do processo de venda". Na perspectiva da S&P, os bancos portugueses, "que têm um perfil financeiro fraco, podem não ter de reconhecer ‘à cabeça’ uma elevada imparidade com a venda. Em vez disso, vemos como mais provável que sejam autorizados a deferir esse impacto no tempo para não travar a sua recuperação".

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