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Fundos desinvestem no BCP após reforço em Setembro

Os gestores voltaram a reduzir a exposição às acções do BCP, num momento em que o banco tem sido fortemente penalizado pelo risco do país e pelo resultado das eleições na Polónia.

Bruno Simão/Negócios
12 de Novembro de 2015 às 16:02
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Os fundos de investimento nacional reduziram a exposição ao banco liderado por Nuno Amado, no mês passado. Depois de terem aumentado o investimento no BCP em Setembro, colocando o banco no "top 3" das apostas dos gestores, a instituição caiu para sétimo na lista das maiores participações dos fundos.

A exposição dos fundos nacionais ao BCP caiu no final de Outubro para 15 milhões de euros, equivalente a 6,7% do património destes produtos de poupança aplicados em acções portuguesas, segundo os dados divulgados pela CMVM. A instituição captava, em Setembro, 7,4% do capital.

Este desinvestimento ocorre num momento em que o banco tem sido um dos principais penalizados pelo clima de instabilidade política no país e depois de ter sido eleito o partido da oposição na Polónia Lei e Justiça, com os investidores a aguardarem as condições em que será feita a conversão de créditos em francos suíços. As acções desvalorizam mais de 10% apenas este mês.

Ainda no sector financeiro, os gestores diminuíram ligeiramente a aposta no BPI. O banco liderado por Fernando Ulrich passou a ser a terceira maior participação nas carteiras, enquanto um mês antes era a segunda acção com mais investimento. A entidade capta 7,3% do património.

Nos volta às preferidas

Já a operadora Nos, que tradicionalmente está entre as três empresas preferidas dos fundos, voltou ao "top 3". A companhia liderada por Miguel Almeida recebe 17,6 milhões de euros dos fundos, ou seja, 7,8% do capital.

A Sonae manteve-se no topo das apostas dos gestores. Capta 8,9% do investimento dos fundos, com os especialistas a permanecerem optimistas para a evolução dos títulos da retalhista.

No global o investimento em acções nacionais e estrangeiras aumentou. As aplicações em acções portuguesas cresceram 6,3% para 225 milhões de euros, enquanto a aposta em títulos estrangeiros subiu 10,1% para 967,3 milhões de euros.

"Na dívida pública nacional, o valor das aplicações decresceu 15,8% para 129,1 milhões de euros, enquanto na dívida pública estrangeira subiu 2,6% para 885,5 milhões", acrescenta o mesmo documento.

O montante sob gestão dos organismos de investimento colectivo atingiu 8.643,8 milhoes de euros, mais 3% que no mês anterior. Já nos fundos de investimento alternativo, o valor sob gestão desceu 0,1% para 2.698,6 milhões de euros.

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