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Banco Popular desmente risco de falência e venda urgente
Ao regulador espanhol, o banco diz estar a preparar um aumento de capital ou uma “operação societária”. O próprio regulador nega que o Banco Popular esteja perto de um cenário de falência.
O Banco Popular veio desmentir esta quinta-feira, 11 de Maio, que esteja a atravessar problemas de liquidez e a planear uma venda urgente do banco, escreve o El País.
Em comunicado ao regulador espanhol, a Comissión Nacional de Mercado de Valores (CNMV), o banco fez saber que tem "diversos assessores" para os seus planos e anunciou que irá realizar um aumento de capital ou uma "operação societária". O aumento de capital, que deverá decorrer ainda em Maio, é uma das opções que tem vindo a ser falada pela imprensa ao longo das últimas semanas, com referência a 2,5 mil milhões de euros.
"Face a uma notícia divulgada num meio digital, o Banco Popular Espanhol SA desmente categoricamente que tenha ordenado uma venda urgente do banco. Desmente que haja um risco de falência do banco. Desmente que o presidente do conselho de administração tenha comunicado a outras entidades financeiras da necessidade eminente de fundos para uma fuga em massa de depósitos", fez saber.
Nesta quinta-feira, o banco perdeu em bolsa 6,64% do seu valor, a maior quebra do dia no Ibex 35.
O jornal El Confidencial publicou que o Banco Popular tinha contratado o JP Morgan e o Lazar para levarem a cabo uma venda urgente pelo "risco de falência", evitando a bancarrota face a uma fuga de depósitos dos clientes. O próprio regulador veio desmentir este cenário, referindo um património de 10.777 milhões de euros e um rácio de capital de 11,91%, acima das exigências regulamentares.
O Banco Popular tem também operação em Portugal. A venda da mesma chegou a estar em cima da mesa, como parte de um plano de reestruturação, mas a organização liderada por Emilio Saracho acabou por retirar esse negócio da lista de activos que poderiam ser alienados. O que não impede que avance a intenção do Popular, revelada no final do ano passado, de cortar 295 postos de trabalho e fechar 47 agências em Portugal.