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CaixaBank estuda lançar oferta não vinculativa sobre o Banco Popular

Os donos do BPI estarão a estudar lançar uma oferta não vinculativa sobre o Banco Popular, avança o El País. Apresentando esta oferta, o CaixaBank pode analisar os dados da instituição em detalhe.

Reu
18 de Maio de 2017 às 08:01
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Os novos donos do BPI, os catalães do CaixaBank, estão a ponderar lançar uma oferta não vinculativa sobre o Banco Popular, escreve o jornal espanhol El País, citando fontes da área financeira. Com essa proposta, o CaixaBank ganha acesso aos dados da instituição e pode analisá-los em profundidade.  

A passagem ao segundo ciclo não obriga que seja feita uma proposta firme "embora seja um apoio ao processo de venda do Popular, que começou com impulso dado que até agora só tinham apresentado o Santander e o Bankia", escreve o jornal espanhol. O conselho de administração do Popular vai analisar hoje as manifestações de interesse que chegaram à instituição. "O banco afirma que esta reunião tem um carácter ordinário mas converteu-se [num momento] chave para o futuro da entidade: quer receber as ofertas vinculativas a 10 de Junho, para fechar o semestre com o projecto de venda encerrado", acrescenta o El País.

Depois de analisadas as manifestações de interesse, o Banco Popular deverá decidir se dá seguimento a uma segunda fase de ofertas vinculativas.

Na semana passada, a imprensa espanhola avançava que o Banco Popular desmentiu estar a atravessar problemas de liquidez e a planear uma venda urgente do banco. Em comunicado ao regulador espanhol, a Comissión Nacional de Mercado de Valores (CNMV), o banco fez saber que tem "diversos assessores" para os seus planos e anunciou que irá realizar um aumento de capital ou uma "operação societária". O aumento de capital, que deverá decorrer ainda em Maio, é uma das opções que tem vindo a ser falada pela imprensa ao longo das últimas semanas, com referência a 2,5 mil milhões de euros.

"Face a uma notícia divulgada num meio digital, o Banco Popular Espanhol SA desmente categoricamente que tenha ordenado uma venda urgente do banco. Desmente que haja um risco de falência do banco. Desmente que o presidente do conselho de administração tenha comunicado a outras entidades financeiras da necessidade eminente de fundos para uma fuga em massa de depósitos", fez saber.

O jornal El Confidencial tinha avançado que o Banco Popular tinha contratado o JP Morgan e o Lazar para levarem a cabo uma venda urgente pelo "risco de falência", evitando a bancarrota face a uma fuga de depósitos dos clientes. O próprio regulador veio desmentir este cenário, referindo um património de 10.777 milhões de euros e um rácio de capital de 11,91%, acima das exigências regulamentares.

O Banco Popular fechou o ano de 2016 com um resultado negativo de 3.485 milhões de euros impactado pelo registo de provisões. A marcar as contas esteve um prejuízo de 3.580 milhões registado no último trimestre.

 

O valor compara com 172,6 milhões de perdas entre Outubro e Dezembro de 2015 e ficou acima das previsões dos analistas sondados pela Bloomberg, que apontavam para um resultado negativo de 3 mil milhões nos últimos três meses do ano.

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