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Popular fecha primeiro trimestre com prejuízos e queda nos depósitos
As acções estão a reagir em queda ligeira aos prejuízos do Popular no primeiro trimestre, que não foram tão altos como os analistas estavam à espera.
O Banco Popular registou um prejuízo de 137 milhões de euros no primeiro trimestre deste ano, um valor que compara com lucros de 92 milhões de euros no período homólogo e ficou a dever-se ao reforço das provisões.
O banco espanhol, que tem registado dificuldades nos últimos meses, colocou de lado nas contas mais 496 milhões de euros para fazer face à desvalorização dos activos (sobretudo imobiliário), quase duplicando as provisões efectuadas do mesmo período do ano passado.
Ainda assim, os analistas apontavam para um cenário mais negativo, o que explica o comportamento das acções, que chegaram esta manhã a fixar um novo mínimo histórico (0,655 euros), mas já estiveram em alta e seguem agora a cair 0,73% para 0,684 euros.
Além dos resultados do primeiro trimestre, o Popular também corrigiu as contas do ano passado, período em que registou prejuízos de 3,6 mil milhões de euros, mais 125 milhões de euros do que o anunciado anteriormente.
Após as fortes provisões registadas nos últimos trimestres, o Popular tem ainda um rácio de cobertura dos créditos duvidosos abaixo de 50% (melhorou de 36,5% para 45,2%) e viu o seu rácio de capital voltar a deteriorar-se. O CET1 caiu dois pontos percentuais face ao final de 2016 para 10%. O CET1 fully-loaded baixou para 7,33%.
Devido à crise que assola o banco, o Popular voltou a perder depósitos de clientes no primeiro trimestre. No final de Março os depósitos situavam-se nos 78,8 mil milhões de dólares, o que traduz uma queda de 4,8% desde o início de 2017 e uma descida de 11,3% no último ano. Os créditos também desceram (-9,3%) e o Popular assinala que em Março os novos depósitos subiram 27% face ao mês anterior.