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BPI corta avaliação do Popular e calcula em 4,4 mil milhões necessidades de capital
O BPI calcula em 4,4 mil milhões de euros as necessidades de capital do Banco Popular, um valor que deverá ser reduzido através da venda de activos.
O BPI actualizou as suas previsões para as "provisões e necessidades de capital" do Banco Popular, estimando que o banco espanhol tenha necessidades de capital totais na ordem dos 4,4 mil milhões de euros.
A casa de investimento considera que o Banco Popular "pode reduzir as necessidades de capital com a venda de activos, mas tais vendas não serão suficientes para garantir ao mercado a capacidade de cumprir os requisitos dos reguladores".
Os analistas do BPI consideram que o banco espanhol implementará medidas de solidez de capital, admitindo que não seja realizado qualquer aumento de capital.
Depois da reestruturação que o banco deverá fazer, o BPI prevê que o Popular regresse aos lucros e registe um resultado líquido de cerca de 585 milhões de euros em 2020.
Este contexto levou o BPI a reduzir a avaliação do Popular em 14% para 0,90 euros, o que confere às acções um potencial de valorização de 14% face à actual cotação (0,788 euros).
Os últimos meses têm sido de muita agitação no Banco Popular, com especulação sobre o futuro da instituição. Em Abril, o presidente do banco, Emilio Saracho, admitiu que a instituição realizasse um novo reforço de capital e, tendo em conta a situação do banco, voltou a falar na hipótese de uma fusão.
Desde 2012 o Banco Popular já aumentou o capital num total de 5,4 milhões de euros.
Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de "research" emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de "research" na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro.