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Banco Popular anuncia novo aumento de capital e admite fusão

O presidente do Banco Popular admitiu esta segunda-feira que a instituição precisa de um novo reforço de capital e, tendo em conta a situação do banco, voltou a falar na hipótese de uma fusão.

DR
10 de Abril de 2017 às 18:15
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Aos 5,4 milhões de euros já amealhados em aumentos de capital realizados desde 2012, o espanhol Banco Popular precisa de um novo aumento de capital, confirmou esta segunda-feira, 10 de Abril, o presidente do banco, Emilio Saracho, que define esta como a melhor opção para solucionar os problemas da instituição financeira.

 

O presidente do Banco Popular não esclareceu qual o montante em consideração e revelou que o reforço de capital terá de ser concluído num prazo de três anos, escreve o El País. Em causa estão as exigências europeias decorrentes do processo de união bancária, o que faz com que "seja muito difícil [ao banco] cumprir sem recorrer ao mercado", explicou Saracho.

 

Durante a assembleia-geral da instituição hoje realizada, o recente presidente do banco – substituiu no cargo Ángel Ron em 20 de Fevereiro último - anunciou que o Banco Popular terá de realizar um novo reforço de capital e, apesar de afiançar que o objectivo da instituição não passa por uma fusão, admitiu que tal hipótese está em cima da mesa, desde que a mesma seja positiva para o banco.  

 

De acordo com o Expansión, Emilio Saracho transmitiu aos accionistas que "vale a pena lutar" pelo banco, e confirmou que no curto prazo a estratégia passará pela alienação dos negócios considerados não estratégicos e pela redução do volume de investimento não rentáveis. Contudo, não descarta o cenário de fusão, hipótese que caracteriza como "mais uma opção".  

 

O diagnóstico feito por Emilio Saracho é idêntico ao hoje feito pela agência de notação Moody’s, que numa nota de análise divulgada esta segunda-feira nota que será um "desafio" para o Banco Popular cumprir com as exigências do Banco Central Europeu (BCE) sem aumentar o capital.

 

Para melhorar os rácios de solvabilidade, por exemplo, o Banco Popular colocou à venda os 49% detidos no WiZink, um banco especializado na comercialização de cartões de crédito, uma operação que está a ser conduzida pela instituição norte-americana Bank of America Merril Lynch.

 

Na semana passada havia sido noticiado que no entender de Emilio Saracho a melhor opção para o Banco Popular passaria pela realização de uma fusão com outra instituição financeira. Contudo, essa parece ser ainda considera uma alternativa de último recurso.

 

"Posso assegurar-vos que não iremos gerir o banco para o preparar para uma fusão. Não devemos depender de terceiros. O nosso plano deve estar nas nossas mãos", disse hoje o presidente do banco aos accionistas.

 

Esta assembleia geral acontece num momento conturbado para o Banco Popular que, na semana passada, assistiu à demissão do até aqui CEO do banco, Pedro Larena. Anúncio que surgiu depois de uma auditoria interna ter detectado "algumas questões relacionadas com o aumento de capital" realizado pelo banco em Maio de 2016.

Na assembleia geral de hoje foi ainda aprovada pelos accionistas a passagem do Banco Popular Portugal numa sucursal do Popular Espanhol, o que faz com que a unidade portuguesa deixe de ser um banco de direito português, uma decisão já comunicada à CMVM

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