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Bloomberg: Popular já prepara venda de banco nos Estados Unidos

O Banco Popular contratou a UBS para preparar a alienação do TotalBank nos EUA, avança a Bloomberg. A venda de activos é uma forma de cumprir as exigências do BCE. A alienação da posição da WiZink, presente em Portugal, está em cima da mesa.

DR/Banco Popular
14 de Março de 2017 às 08:17
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O Banco Popular pretende vender a sua unidade nos Estados Unidos, como forma de cumprir as exigências de capital, avança a agência Bloomberg. E já há um assessor financeiro a trabalhar.

 

Segundo noticiado pela agência de informação económica, o Popular, que está presente em Portugal através do banco que está em processo de transformação em sucursal e nos cartões de crédito, contratou o UBS para procurar compradores para o seu TotalBank.

 

O TotalBank, com sede em Miami, poderá render ao grupo espanhol cerca de 500 milhões de dólares, ou 468 milhões de euros ao câmbio actual, de acordo com a mesma fonte. O mesmo valor tinha sido já avançado pelo jornal espanhol Cinco Días. O também espanhol Sabadell vendeu igualmente a sua filial que tinha nos Estados Unidos.

 

Da mesma forma, à venda pelo Popular também estará a participação de 49% na WiZink, empresa de cartões de crédito que comprou o Barclaycard em Portugal ao Barclays.

 

A Bloomberg explica, com base na sua fonte, de que estas duas operações poderão render um aumento de dois pontos percentuais no seu rácio de capital Common Equity Tier 1, o que mede o peso do capital de melhor qualidade de uma instituição financeira.

 

A venda de activos é uma das formas encontradas pelo Popular para conseguir escapar aos recentes problemas, que passaram pela perda de 90% do seu valor em bolsa no mandato do anterior líder, Ángel Ron, e que já obrigaram a uma alteração de presidente. Emilio Saracho é o novo presidente da administração com responsabilidade de cumprir as exigências do Banco Central Europeu, depois de apresentados os maiores prejuízos da sua história (3.485 milhões de euros) em 2016, devido a imparidades. A venda de activos problemáticos, como crédito malparado e imóveis, faz parte da sua estratégia, mas também a alienação de outros activos não estratégicos. 

 

A própria venda da unidade do Popular em Portugal, que fez um processo de reestruturação com fecho de balcões e saída de pessoal e que está a transformar-se em sucursal, também é uma possibilidade pela frente do grupo bancário espanhol.

Saracho já disse que a melhor opção para o banco espanhol é uma fusão em Espanha. 

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