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Popular pede autorização para aumento de capital
O banco espanhol tem um novo adjunto, vindo da Telefónica. O Popular agendou para 10 de Abril a primeira assembleia-geral de accionistas sob o comando do novo presidente, Emilio Saracho.
O Banco Popular vai pedir autorização aos seus accionistas para aumentar o capital. A informação consta da convocatória da assembleia-geral que está marcada para o próximo dia 10 de Abril. Mas o espanhol Cinco Días diz que o banco desvaloriza este pedido.
Segundo o documento enviado ao regulador espanhol do mercado de capitais (a CNMV), o aumento de capital poderá ser feito de uma ou várias vezes "até a um máximo de 50% do capital social", sendo que poderá excluir o direito de subscrição dos accionistas até um limite de 20% do capital social.
Na prática, como sintetiza o Cinco Dias, esse reforço de capital do Popular - que está presente em Portugal através de um banco que está em processo de transformação em sucursal - é de 1.100 milhões de euros.
Esta autorização pedida pelo Popular não é uma novidade – normalmente acontece porque o conselho de administração não tem poderes para promover um aumento de capital acima de determinado montante e tem de pedir essa luz verde aos accionistas. Muitas vezes, e o jornal espanhol Cinco Días ressalva isso mesmo neste caso: estas convocatórias são penas formalismos, não tendo de haver, efectivamente, um aumento de capital.
No entanto, no ano passado, o Popular já reforçou o seu capital em 2.500 milhões de euros para limpar o seu balanço. No final de 2016, apresentou mesmo prejuízos de 3.485 milhões de euros, devido em grande medida à constituição de imparidades relacionadas com crédito e imobiliário.
Contudo, este pedido de aumento de capital surge numa altura de mudanças do Popular. Aliás, na segunda-feira, a publicação espanhola Expansión noticiou que o novo presidente, Emilio Saracho (na foto), acredita que a melhor solução para o grupo bancário espanhol é uma fusão com outra instituição financeira. O banco vai proceder a um emagrecimento e em cima da mesa, foi já noticiado, está a venda da unidade em Portugal.
Além deste aumento de capital, a próxima assembleia-geral do Banco Popular vai votar a nomeação de Miguel Escrig Meliá para director-geral adjunto do presidente Saracho. Escrig foi responsável financeiro da Telefónica, tendo no seu currículo passagens pelo JPMorgan e pelo Santander, segundo o Expansión.