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Banco Popular mantém operação em Portugal

A decisão, segundo o Cinco Días, terá sido tomada pelo banco, que vê na manutenção da rede deste lado da fronteira mais benefícios do que teria a venda que chegou a ser ponderada. A imprensa espanhola avança ainda que o Popular já contactou investidores institucionais no âmbito do aumento de capital.

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12 de Abril de 2017 às 09:14
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O Banco Popular retirou a operação portuguesa da lista de activos potencialmente a alienar, numa aposta em afirmar a instituição como banco ibérico. A notícia é avançada esta quarta-feira, 12 de Abril, pelo jornal espanhol Cinco Días, que dá conta da decisão do presidente do Popular, Emilio Saracho, que vê o negócio deste lado da fronteira como uma "extensão" da operação espanhola. 

Depois de em Janeiro o banco espanhol ter comunicado a unificação dos negócios em Espanha e Portugal, Saracho, de acordo com fontes da publicação, "optou como no caso do [banco] Pastor, por tirar da lista de activos para a venda estas 165 sucursais" que representam um activo de "10.500 milhões e uma força de trabalho de 1.159 empregados". Os números apontados pelo jornal espanhol não têm em conta a intenção de cortar 295 postos de trabalho e fechar 47 agências manifestada pelo banco no final do ano passado.

A explicação para manter a unidade portuguesa e o Banco Pastor é a mesma. De acordo com o jornal, o presidente do Popular considera "que esta rede pode dar mais negócio ao banco que os benefícios com a sua venda". O responsável acredita "que o negócio em Portugal é uma extensão" do negócio em Espanha e por isso preferiria ter um banco ibérico.

Em Fevereiro, o Banco Popular Espanhol equacionava a venda da unidade em Portugal, como parte de um plano de reestruturação. Segundo avançava o Cinco Días na altura, citando várias fontes financeiras, o Banco Popular Portugal faz parte de um conjunto de activos que a instituição espanhola estava a considerar alienar como plano alternativo à realização de outro aumento de capital, depois de os accionistas terem sido chamados a injectar 2,5 mil milhões de euros no banco, em Maio.

Agora, a confirmar-se a manutenção da unidade nacional, verifica-se uma mudança na visão do banco, que nas últimas semanas assistiu à saída do seu CEO, Pedro Larena.

Entretanto, o Banco Popular precisará de um novo aumento de capital, cujo valor definitivo ainda não é conhecido. O Cinco Días escreve contudo que a instituição tem o objectivo de activar mais o seu negócio comercial e concluir a vendas das filiais que estão em aberto e depois dar início a esse reforço de capital.  A ideia do líder do banco, Emilio Saracho, é pedir ao mercado entre 1.000 ou 1.500 milhões de euros no máximo.

O Expansión acrescenta que Emilio Saracho "manteve contactos com os investidores institucionais" com vista à operação de aumento de capital que quer propor depois do Verão. O jornal escreve ainda que o aumento de capital tem como objectivo cumprir os mínimos impostos pelos supervisores.

Contudo, a realização de um aumento de capital pode não estar garantida a 100%. Aos accionistas na última segunda-feira, escreve o Cinco Días, Emilio Saracho anunciou que pretende realizar um aumento de capital ou emitir obrigações convertíveis, os chamados CoCo’s.

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