O pior parece ainda não ter passado para a Takata, uma fabricante japonesa de componentes para automóveis que tem sido foco de notícias devido ao fornecimento de "airbags" com um defeito que pode provocar a sua explosão.

Desta feita foi o regulador norte-americano, a Administração Nacional de Segurança no Tráfego Rodoviário (NHTSA), aplicou uma coima à Takata devido à forma como a empresa nipónica geriu o processo de recolha dos "airbags" defeituosos e pelo facto de não ter fornecido informação adequada sobre os mesmos.

Segundo a BBC, a Takata terá de pagar uma coima inicial de 70 milhões de dólares (63,7 milhões de euros), sendo que este montante poderá subir até aos 200 milhões de euros (perto de 182 milhões de euros) no caso de o regulador detectar outro tipo de violações ou irregularidades. Desde já esta é a coima mais pesada aplicada pela NHTSA.

Só nos Estados Unidos foram recolhidos cerca de 23,4 milhões de "airbags" da marca Takata. Até ao momento há registo de oito mortes directamente provocadas pela explosão dos "airbags" da Takada quando da sua insuflação, sete casos reportados nos Estados Unidos e um na Malásia. Foram também registados mais de 100 casos de ferimentos.

Anthony Foxx, secretário norte-americano dos Transportes, aponta o dedo à empresa nipónica por ter "construído e vendido, durante anos, produtos defeituosos recusando-se a assumir esses defeitos e incumprindo ao não fornecer informação completa à NHTSA, aos sues clientes e ao público".

A piorar o panorama para a Takata está anda o anúncio feito por parte de outra empresa japonesa. A Honda, que é o principal cliente da fabricante de componentes para automóveis, revelou que deixará de utilizar airbags da Takata nos novos veículos em produção. Somente nos Estados Unidos, a Honda teve de chamar à oficina mais de 6 milhões de veículos, tendo sido obrigada à substituição dos airbags em cerca de 40% desses veículos.

Contudo, além da coima aplicada pela NHTSA, a Takata será ainda alvo de monitorização, por parte de uma instituição independente, ao longo dos próximos cinco anos.