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Honda acrescenta mais 12 mil viaturas às recolhas em Portugal
Há mais airbags em automóveis vendidos em Portugal que têm de ser retirados. Há veículos da Honda fabricados em 2002 e 2008 que vão ter de ser sujeitos à revisão.
Depois dos mais de 16.000 veículos da Toyota e dos cerca de 2,5 mil carros da Nissan, há agora mais de 12 mil automóveis da Honda que têm de regressar às oficinas. A razão é a mesma: a deficiência nos airbags fabricados pela Takata que tem de ser corrigida, já que a ela já se atribuem seis mortes.
"Em Portugal estão identificados 12.192 veículos, fabricados entre 2002 e 2008, potencialmente afectados por esta acção de recolha de produto", aponta um comunicado da Honda Portugal enviado às redacções esta quinta-feira.
A marca japonesa anunciou que 3,22 milhões de veículos têm de ser alvo de intervenção por ter sido "identificada a existência de um possível defeito de fabrico dos insufladores dos airbags, da frente, do passageiro e/ou do airbag do passageiro, que equipam algumas unidades dos modelos".
Tal como com as restantes insígnias, os condutores serão contactados. "Brevemente, e como medida de prevenção e de investigação, a Honda Portugal irá notificar os proprietários dos modelos afectados no nosso País para se dirigirem aos concessionários da marca e efectuarem a substituição dos respectivos insufladores", explica a empresa automóvel. Não são avançadas datas mais específicas.
Da mesma forma que a Toyota e a Nissan, a Honda Portugal não vai cobrar por estas intervenções técnicas, já que o defeito é de fabrico. De Janeiro a Abril, a Honda Portugal vendeu menos 18,5% dos veículos face ao mesmo período do ano passado: um total de 490. Apresenta uma quota de mercado de 0,80%, de acordo com os dados da ACAP.
A Takata, empresa japonesa, não consegue quantificar quais as coimas de que vai ser alvo por conta deste defeito na produção dos airbags que, segundo as agências de informação, é apontado como a causa de seis mortes (cinco nos EUA e uma na Malásia) e centenas de feridos. Em Dezembro, a fabricante garantiu ter fundos para lidar com estes "recall" que têm vindo a acontecer por todo o mundo.