Há 2.458 veículos da Nissan comercializados em Portugal que têm de regressar às oficinas, segundo adiantou ao Negócios fonte oficial da marca. Este número faz parte dos mais de 1,56 milhões chamados em todo o mundo. 

De acordo com a mesma fonte, em causa estão veículos produzidos entre 4 de Janeiro de 2004 e 30 de Março de 2007. Almera Tino e Terrano II (produzidos em Espanha), Almera (em Inglaterra) e PickUP e X-Trail (produção no Japão), fabricados naquele período, são os modelos visados pela insígnia como tendo de fazer a revisão. 

A marca vai notificar, agora, os donos dos automóveis visados para que, em Junho, comece a intervenção. A Nissan alerta que, tendo em conta que têm já uma década, os veículos podem já ter mudado de proprietário ou pode haver mudanças de moradas do dono, o que pode dificultar o contacto por parte da marca. Daí que peça aos actuais proprietários para contactarem um concessionário da marca.

Nos automóveis será alterado o insuflador do airbag, sem que haja custos para o cliente, já que o problema é de fabrico, que esteve a cargo da japonesa Takata. A Nissan já tinha feito a chamada às oficinas noutras alturas, relacionadas com esta fabricante. Este tipo de intervenções, por ser imputado à fabricante do airbag, não tem custos para o cliente.

De Janeiro e Abril de 2015, a Nissan vendeu 3.513 unidades em Portugal, um crescimento superior a 50% face ao mesmo período de 2014. Com base nestes números, tem uma quota de mercado de 5,01% nas vendas de veículos ligeiros de passageiros, de acordo com os dados da ACAP. A quota é mais reduzida no caso dos ligeiros comerciais (1,1%). 

A japonesa anunciou esta quarta-feira que a notificação é dirigida a 1,56 milhões de automóveis em todo o mundo, 563 mil dos quais na Europa. No mesmo dia, a Toyota fez um anúncio idêntico, mas chamando 5 milhões de veículos.

A Takata, empresa japonesa, não consegue quantificar quais as coimas de que vai ser alvo por conta deste defeito que, segundo as agências de informação, é apontado como a causa de seis mortes (cinco nos EUA e uma na Malásia) e centenas de feridos. Em Dezembro, a fabricante garantiu ter fundos para lidar com estes "recall" que têm vindo a acontecer por todo o mundo.