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"Recalls" prejudicam resultados da General Motors: Lucros caem 85% no segundo trimestre

De acordo com o The New York Times, foram 60 as chamadas de veículos às oficinas, o que representa um custo acumulado em reparações na ordem dos 3,8 mil milhões de dólares.

7 - Mary Barra, presidente executiva da General Motors
Bloomberg
25 de Julho de 2014 às 13:38
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A fabricante de automóveis General Motors anunciou esta quinta-feira, 24 de Julho, uma queda de 85% nos seus lucros no segundo trimestre deste ano. A companhia registou um resultado líquido de 190 milhões de dólares (141 milhões de euros) entre Abril e Junho, comparado com o valor homólogo de 1,2 mil milhões de dólares.

 

A explicar estes resultados está o impacto negativo das sucessivas operações de ‘recalls’, naquela que é considerada a pior crise de segurança na história da companhia. De acordo com o The New York Times, foram 60 as chamadas de veículos às oficinas, o que representa um custos acumulado em reparações na ordem dos 3,8 mil milhões de dólares. A publicação fala em cerca de 30 milhões de veículos recolhidos.

 

Impulsionada pelo impacto positivo das operações na América do Norte e China, as receitas registaram um ligeiro aumento, passando dos 39,1 mil milhões de dólares no segundo trimestre do ano passado para os 39,6 mil milhões no mesmo período deste ano. Apesar dos ‘recalls’ e da publicidade negativa a eles associada, a GM manteve a sua quota de mercado nos Estados Unidos da América (17,9%).

 

A CEO, Mary T. Barra (na foto), defende que a empresa mostrou "resiliência" após admitir ter negligenciado, durante vários anos, a correcção de um defeito ignição de 2,6 milhões de veículos da marca Chevrolet. O mesmo poderia desligar o motor e desactivar os sistemas de 'airbag' sem a intervenção do condutor.

 

Na sequência desse caso, a companhia é alvo de investigações em vários Estados norte-americanos e dos próprios reguladores. Outra centena de processos judiciais foram ainda movidos contra a empresa nos Estados Unidos e Canadá. A GM prevê assim novas "penalidades civis e criminais", com custos associados. A falha no sistema de ignição causou pelo menos 13 mortos e 54 acidentes.

 

De acordo com o The New York Times, citando a empresa, foi criado um fundo de 400 milhões de dólares para compensar as vítimas afectadas por este problema na ignição dos veículos. A firma está disposta em alargar esse montante em mais 200 milhões. Contudo, advogados consultados pela publicação admitem que esta despesa pode chegar aos mil milhões de dólares.

 

A GM tem também reservados outros 874 milhões de dólares para cobrir custos de futuros ‘recalls’, embora admita que este processo está praticamente concluído. Prevê, por isso, menos acções a esse nível nos restantes meses do ano.

 

A mais recente chamada às oficinas da GM cobre 800 mil veículos do modelo Chevrolet Impala de 2014.

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