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Peugeot reduz prejuízos em 2014 após melhoria nos resultados operacionais
O programa de redução de custos "back to the race" está a dar frutos para o grupo automóvel francês liderado por Carlos Tavares. A empresa registou lucros pela primeira vez em três anos.
O grupo automóvel francês PSA Peugeot Citroën reduziu os seus prejuízos para os 555 milhões de euros em 2014. No ano anterior, o indicador fixava-se nos 2,4 mil milhões de euros.
Pela primeira vez em três anos, os resultados operacionais fixaram-se em terreno positivo: nos 905 milhões de euros, após perdas de 365 milhões de euros em 2013. Já o tinha feito no primeiro semestre.
A justificar o resultado está o plano de redução de custos levado em frente pelo novo CEO do grupo, Carlos Tavares. O "Back to the Race" prevê uma diminuição nos gastos de produção, um número mais reduzido de novos modelos bem como a dispensa de trabalhadores. A mudança da sede da empresa do centro de Paris para a área suburbana é outra medida a exemplificar esta lógica.
As receitas do grupo subiram 1% para os 53,6 mil milhões de euros em 2014. Nesse ano, o grupo automóvel entregou 2,9 milhões de carros. O número está ainda abaixo dos 3,6 milhões de viaturas comercializadas pelo grupo em 2010.
Por sua vez, o fluxo de caixa operacional fixou-se nos dois mil milhões de euros. A PSA Peugeot Citroën espera reforçar a margem operacional em 2% até 2018. A impulsionar esta meta está o crescimento previsto para a China e Europa.
"Estamos à frente do nosso plano de reconstrução", considerou o CEO Carlos Tavares.
Em Portugal, o grupo está presente com uma fábrica em Mangualde. O cenário não é tão positivo: depois da supressão de um turno extraordinário com 280 trabalhadores em Julho (fazendo a produção anual da unidade cair 5,7%), está em marcha um plano de saídas voluntárias.
O preço elevado da energia e a falta de uma ligação ferroviária a Vigo estão entre os motivos a justificar a falta de competitividade da fábrica portuguesa.