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Peugeot Citroën vai dispensar mais trabalhadores em Mangualde

A decisão chega seis meses depois da supressão do terceiro turno, que eliminou 280 postos de trabalho. A redução de custos surge como justificação. Poderão estar em causa 80 postos de trabalho.

Bloomberg
12 de Janeiro de 2015 às 13:06
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A fábrica da PSA Peugeot Citröen em Mangualde prepara-se para dispensar mais operários, depois de em Julho de 2014 ter terminado o seu vínculo com outros 280 trabalhadores.

 

"Para esse efeito, lançou um plano de saídas voluntárias que está a decorrer e, por isso, de momento, não estão quantificadas", informou a empresa em comunicado.

 

Contudo, a imprensa portuguesa fala na saída de 80 pessoas. Logística, montagem, ferragem e pintura são apontadas como as áreas mais afectadas.

  

Em causa está a necessidade de redução de custos imposta pelo grupo francês, depois de o presidente Carlos Tavares ter insistido várias vezes que os mesmos eram mais elevados em Portugal quando comparado com França.

 

"Tendo em vista um posicionamento competitivo no seio do grupo PSA que lhe permita ganhar a atribuição de novos veículos que substituam os actuais modelos quando chegarem ao fim do seu ciclo de vida, [a fábrica de Mangualde] tem em desenvolvimento, à semelhança de outras fábricas na Europa, um plano de produtividade e racionalização de custos", acrescenta o documento.

 

Contactada pelo Negócios, a empresa opta por remeter todos os esclarecimentos para o comunicado. "A PSA de Mangualde está instalada em Portugal há 52 anos e tudo fará para continuar a defender a sua longevidade", posiciona.

 

A companhia diz ainda estar a "trabalhar activamente no sentido de aumentar o número de fornecedores nacionais" para assim "diminuir custos e contribuir para a criação de emprego indirecto". A intenção já tinha sido revelada pelo director-geral Hamid Mezaib em Novembro. Os fornecedores nacionais representavam então uma fatia de 7%.

 

O Negócios tentou obter, sem sucesso, uma reacção do representante da Comissão de Trabalhadores. A mesma deverá reunir-se esta terça-feira, 13 de Janeiro, com a administração da empresa.

 

A fábrica fechou 2014 com uma quebra de produção de 5,7%, para os 53.510 veículos. Ainda assim, ficou abaixo da queda de 7% adiantada em Novembro pela administração da empresa.

 

Em Julho de 2014, a fábrica dispensou 280 trabalhadores na sequência da supressão do seu terceiro turno, que cobria as necessidades de uma produção acima do volume considerado normal.

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