Notícia
Peugeot Citröen vendeu 2,9 milhões de veículos em 2014
É mais um indicador positivo para a companhia, que enfrenta um processo de reestruturação. Portugal está incluído no plano, como comprova o recente plano de saídas voluntárias lançado em Mangualde.
O grupo automóvel francês PSA Peugeot Citröen, liderado pelo português Carlos Tavares, vendeu 2,9 milhões de veículos em todo o mundo no ano passado. O valor representa um crescimento de 4,3% face a 2013.
A China assume-se como o maior mercado do grupo, aumentando o seu contributo em 32%. Na Europa, as vendas ficaram-se pelos 1,8 milhões de viaturas.
Em Portugal, venderam-se 28 mil unidades das duas marcas. A Peugeot ocupa a segunda posição entre as mais vendidas. Já a Citröen localiza-se na quinta posição entre os veículos ligeiros.
A PSA Peugeot Citröen possui uma fábrica em Mangualde. Recentemente, a mesma lançou um plano de saídas voluntárias para fazer face à necessidade de reduzir custos. Em causa, poderão estar agora 80 postos de trabalho.
A decisão chegou seis meses depois de a empresa ter suprimido um turno de produção extraordinário, terminando a sua ligação laboral a 280 trabalhadores.
Carlos Tavares já tinha insistido na importância de reduzir os custos de energia em Portugal para que a fábrica se mantenha competitiva. A construção de uma ligação ferroviária a Vigo foi também uma das propostas apresentadas.
Já a Comissão de Trabalhadores, em declarações à Lusa, admite que a solução para a unidade industrial portuguesa possa passar pela introdução de um novo modelo. A aposta em fornecedores nacionais – que representam cerca de 7% do total – tem sido outro dos caminhos apontados.
Em 2014, a produção de Mangualde caiu 5,7%, para os 53.510 automóveis. A justificar o resultado está a supressão do terceiro turno em Julho. Ainda assim, o resultado é inferior à quebra de 7% prevista em Novembro pela administração.
Também a nível internacional o grupo PSA se encontra em reestruturação, com o plano "Back in the Race". As notícias mais recentes dão conta que a companhia abandonará a sua sede no centro de Paris. A esta intenção junta-se o corte de outros 2.450 postos de trabalho em França.