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Carlos Tavares fala da Renault como o “grupo amarelo”
O ex-número dois de Carlos Goshn na Renault, o português Carlos Tavares, que recentemente assumiu a liderança da PSA, referiu-se à Renault como “a marca amarela”, e à Nissan como a “marca asiática”. Nunca se referiu às concorrentes pelo seu nome.
O episódio ocorreu durante um encontro com jornalistas esta quinta-feira, em Lisboa, quando o líder da Peugeot Citröen foi confrontado com a baixa taxa de sucesso dos carros eléctricos no mercado. Para Tavares, isso não acontece por falta de oferta. “Carros à venda há”, disse. Os jornalistas reforçaram a ideia da parca utilização destas motorizações, e o gestor reforçou, entre sorrisos, “à venda há”.
Foi nessa altura que disse: “Conheço um grupo amarelo que tem, a PSA tem, e conheço uma marca asiática quem também tem [carros eléctricos à disposição]”, referiu.
O preço e a falta de infraestrutura para os carros movidos a electricidade são razões para que a tecnologia ainda não se tenha banalizado, na opinião o presidente-executivo da PSA. Em Portugal, analisa, “há uma infrarestrutura, há carros a venda e uma percentagem de energia limpa, que faz com que este ecossistema faça sentido”.
Tavares acredita que as sociedades, sobretudo na Ásia mas deu também o exemplo da cidade de Paris que passou a controlar entrada de viaturas, motivadas pelo aumento dos níveis de poluição caminhem cada vez mais para a mobilidade eléctrica. Isso ainda só não sucede de forma massiva porque “o nosso nível de exigência enquanto sociedade está a evoluir mais rápido do que a nossa capacidade para comprar essas tecnologias”, explicou.