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VW assume todos os custos do escândalo em Portugal

A Volkswagen garantiu ao Governo português que irá assumir todos os custos do escândalo de manipulação de emissões no país.

Bruno Simão/Negócios
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"A empresa já assumiu a responsabilidade de assumir os custos ligados a esta situação", informou Paulo Núncio, secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, esta quinta-feira, 5 de Novembro.

Entre esses custos conta-se o ajuste fiscal nos impostos automóveis, o Imposto sobre Veículos e o Imposto Único de Circulação, uma vez que foram cobrados valores abaixo do estipulado devido à adulteração por parte da Volkswagen.

A confirmar-se a existência de carros com emissões manipuladas de dióxido de carbono em Portugal, "esses impostos terão de ser devidamente regularizados", acrescentou Paulo Núncio aos jornalistas.

O Governo português ainda não recebeu a informação se há, ou não, veículos desta nova vaga do escândalo a circular no país. "É provável que haja veículos afectados em Portugal, mas não temos uma confirmação total", concretizou o ministro da Economia, Miguel Morais Leitão, após a terceira reunião do grupo de trabalho criado para acompanhar o impacto do caso Volkswagen.

O mesmo grupo, cujo fim dos trabalhos estava definido para a próxima semana, irá manter-se em funções "por tempo indeterminado", tendo em conta os novos desenvolvimentos. Tal como estava previsto, o grupo vai apresentar um relatório preliminar nesse até ao final da próxima semana. A intenção da equipa é "salvaguardar o interesse público" ao nível fiscal, ambiental e dos direitos dos consumidores. 

Morais Leitão informou que o Instituto da Mobilidade e dos Transportes (IMT) irá realizar uma missão à Alemanha para se reunir com o congénere KBA. O objectivo é "verificar qual é o plano de correcção das anomalias" determinado pelo regulador com atribuições à escala europeia.

 

Tal como o seu antecessor, o ministro da Economia voltou a reforçar que não está em causa o investimento de quase 700 milhões de euros que dotará a fábrica da Autoeuropa em Palmela de tecnologia para a produção de novos veículos. Morais Leitão não quis concretizar, mas referiu que os "objectivos em termos de produção podem ser melhores" do que o inicialmente previsto.


No início da semana, o grupo Volkswagen admitiu que existiam 800 mil carros integrados numa nova vaga de manipulação de emissões poluentes. Desta vez, o problema é ao nível do dióxido de carbono e atinge 98 mil carros movidos a gasolina.

 

Não é certo que exista uma sobreposição entre esta nova leva e os 11 milhões de carros a gasóleo cujas emissões de óxido de azoto foram adulteradas pelo grupo alemão. Em Portugal existem 117 mil carros nestas condições.


(Notícia actualizada às 18:55)

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