O antigo CEO do grupo Volkswagen, Martin Winterkorn, abandonou mais um cargo. Desta feita, foi a função de "chairman" da marca de luxo Audi.

A 23 de Setembro, poucos dias após ter rebentado o escândalo de manipulação de emissões poluentes, abandonou a liderança do grupo alemão. Foi substituído por Matthias Müller, que se mantém em funções. No mês seguinte, resignou à presidência da Porsche SE, a ‘holding’ que controla a maioria do grupo.

A Audi ainda não escolheu um substituto para o gestor de 68 anos, escreve a agência Reuters.

Martin Winterkorn foi um dos primeiros nomes a cair com este caso, embora sempre tenha alegado desconhecer o mesmo.

O escândalo atinge 11 milhões de carros a gasóleo em todo o mundo, cujas emissões de óxido de azoto foram manipuladas.

Na semana passada, o grupo automóvel admitiu que o problema era ainda maior: há 800 mil carros com emissões de dióxido de carbono manipuladas. Destes, 98 mil são movidos a gasolina.

A Volkswagen já separou 8,7 mil milhões de euros para fazer face aos custos do escândalo, mas o valor poderá não ser suficiente. Os analistas estimam gastos de 35 mil milhões de euros, tendo em conta indemnizações, processos judiciais, reparações e ajustes fiscais.

Esta quarta-feira, 11 de Novembro, o regulador alemão KBA revelou que existem mais marcas com níveis de emissões de óxido de azoto acima do permitido por lei. A entidade analisou 50 modelos de 23 marcas, mas não especificou quais os que não cumprem os requisitos.

As negociações com as fabricantes envolvidas nos testes já começaram, para determinar se a manipulação encontrada foi intencional, à semelhança do que aconteceu na Volkswagen.