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Administração da VW reunida para discutir nova vaga do escândalo

Com a nova vaga, o grupo vai ter de redefinir novas medidas de cortes de custos. Os resultados das investigações internas também vão estar em cima da mesa em Wolfsburgo.

Bloomberg
09 de Novembro de 2015 às 16:13
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A administração do grupo Volkswagen está reunida esta segunda-feira, 9 de Novembro, para debater os novos desenvolvimentos do caso de manipulação de emissões poluentes. Fora de portas, na sede de Wolfsburgo, o encontro fica marcado por uma acção da associação ambiental Greenpeace.

Na última semana, o grupo automóvel admitiu que existia uma nova vaga de veículos afectados ao nível das emissões de dióxido de carbono. Ao todo são 800 mil carros, com o problema a atingir também os motores a gasolina.

Não é certo se existe alguma sobreposição entre esta nova leva e os 11 milhões de carros a gasóleo onde o grupo reconheceu ter adulterado emissões de óxido de azoto, num caso conhecido como ‘diselgate’. Em Portugal há 117 mil destes veículos a circular.

Tendo em conta os novos desenvolvimentos, a discussão de cortes de custos está em cima da mesa neste encontro. Para fazer face aos encargos desta nova vaga, o grupo separou dois mil milhões de euros. O valor junta-se aos 6,7 mil milhões aprovisionados para a primeira fase.

Mas o valor pode não ser suficiente, com os analistas a acreditar que os custos do escândalo podem atingir os 35 mil milhões de euros. Além das reparações dos carros afectados, é preciso ter em conta os processos judiciais, indemnizações e ajustes fiscais.

A VW tem curso um plano que previa um corte nos investimentos anuais de mil milhões de euros. A venda de activos, com a alienação de marcas, têm sido outra das opções referidas para atingir esta meta de poupança.

A empresa já garantiu aos diversos ministros das Finanças da União Europeia que irá cobrir o desvio fiscal provocado pela manipulação de níveis de emissões, já que este indicador integra a base tributável dos impostos automóveis. Portugal também já recebeu essa garantia.

A administração do grupo irá também debater os resultados da investigação interna que levou a cabo. Neste fim-de-semana, a imprensa alemã avançou que vários engenheiros da empresa admitiram ter manipulado os dados das emissões de dióxido de carbono porque as metas definidas pelo antigo CEO, Martin Winterkorn, eram difíceis de alcançar. A VW está ainda a incentivar os seus funcionários a colaborar com a investigação interna, prometendo não despedi-los ou processá-los por má conduta.

Já os consumidores alemães querem que o grupo ofereça aos clientes afectados pelo escândalo vales de compensação em serviços das marcas. A exigência surge depois de uma notícia que dá conta que nos Estados Unidos da América a VW está a oferecer cartões pré-pagos aos clientes afectados.
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