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Volkswagen: Novo escândalo de emissões afecta mais 800 mil carros

Depois dos problemas com o óxido de azoto em 11 milhões de carros, há 800 mil com problemas ao nível das emissões de dióxido de carbono. A descoberta pode custar mais dois mil milhões de euros ao grupo e poderá incluir veículos a gasolina.

Bloomberg
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A Volkswagen admitiu esta terça-feira, 3 de Novembro, que poderão existir mais 800 mil carros afectados pela manipulação de emissões. Desta vez, estão em causa as emissões de dióxido de carbono, avançaram a Bloomberg e a Reuters. E não serão apenas veículos a gasóleo. Terão sido detectados carros a gasolina também. 

O grupo automóvel estima que serão necessários dois mil milhões de euros para cobrir os custos desta nova descoberta. Já antes, a Volkswagen tinha separado 6,7 mil milhões de euros para cobrir os gastos de reparações nos 11 milhões de carros afectados pelo chamado ‘dieselgate’.


Até ao momento, o problema fazia-se sentir apenas ao nível do óxido de azoto (NOx). Com este desenvolvimento, fruto de uma investigação interna, o escândalo alarga-se a outro tipo de emissões poluentes. "A administração da Volkswagen vai iniciar imediatamente conversações com as autoridades responsáveis", garantiu o grupo em comunicado.


Estas "inconsistências inexplicáveis" foram encontradas na sua "maioria" em veículos com motores a gasóleo. Contudo, também haverá motores a gasolina envolvidos nesta nova fase de irregularidades. Em comunicado, o grupo não especifica marcas, modelos ou motorizações afectadas.


"Este é um processo doloroso, mas é a nossa única alternativa. A única coisa que conta é a verdade. É a base para o redireccionamento fundamental que a Volkswagen precisa", defendeu o CEO Matthias Müller no mesmo comunicado.


Este novo desenvolvimento abre a porta para que o Governo português possa reclamar um diferencial entre o níveis de impostos cobrados e o que deveria efectivamente ter sido. O Imposto Sobre Veículos (ISV) e o Imposto Único de Circulação (IUC) têm como base tributável os níveis de dióxido de carbono.

Executivo nacional estava de mãos atadas quando o escândalo era só relativo ao óxido de azoto, como escreveu o Negócios, mas esse cenário poderá alterar-se. "Todos os incumprimentos, tanto do ponto de vista ambiental como fiscal, como de outra natureza, que possam ter existido têm de ser corrigidos", afirmou a 30 de Setembro o então ministro da Economia, António Pires de Lima, em reacção ao escândalo que afecta 117 mil carros em Portugal.


A notícia destas novas irregularidades chega depois de nesta segunda-feira, 2 de Novembro, a Agência de Protecção Ambiental americana (a EPA, na sigla inglesa) ter denunciado a existência de mais 10 mil carros afectados pelo ‘dieselgate’ no seu território. Foi esta entidade a tornar o escândalo público em meados de Setembro.


A agência diz agora que o grupo instalou a tecnologia manipuladora em veículos com motores de 3.0 litros, nomeadamente em modelos da Porsche e da Audi entre 2014 e 2016. Entre eles, o Porsche Cayenne e o Audi Quattro. Os níveis de poluição podiam ser nove vezes superiores ao permitido pela lei.


(Notícia actualizada às 19:35)

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