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Bial investe cinco milhões para ampliar centro de investigação na Trofa

A maior farmacêutica portuguesa duplicou a infra-estrutura dedicada à inovação, onde trabalham 104 investigadores de oito países. O renovado complexo é inaugurado na próxima semana por primeiro-ministro, António Costa.

Paulo Duarte/Correio da Manhã
António Larguesa alarguesa@negocios.pt 13 de Abril de 2018 às 16:52

O Centro de Investigação & Desenvolvimento (I&D) da Bial foi ampliado e renovado, num investimento de cinco milhões de euros para duplicar esta infra-estrutura, onde trabalham 104 investigadores de oito nacionalidades, num total de perto de mil funcionários na empresa.

 

A inauguração deste investimento está agendada para terça-feira, 17 de Abril, no complexo industrial da empresa farmacêutica presidida por Luís Portela, que tem o filho António na cadeira de CEO. O primeiro-ministro, António Costa, é uma presença confirmada no evento que se realizará no concelho da Trofa.

 

Este investimento soma aos perto de 50 milhões de euros que, em média, a Bial investe anualmente no desenvolvimento de medicamentos nas áreas das neurociências e sistema cardiovascular. O Zebinix, utilizado para o tratamento da epilepsia, foi mesmo o primeiro medicamento de patente portuguesa a chegar ao mercado, tendo sido aprovado em 2009.

 

Segundo os dados divulgados no "The 2017 EU Industrial RD Investment Scoreboard", publicado pela Comissão Europeia, a farmacêutica nortenha é a empresa portuguesa com maior investimento em I&D, ocupando a 445.ª posição no ranking das mil empresas europeias que mais investem nesta área, numa lista onde surgiram também a Caixa Geral de Depósitos, a EDP e o Crédito Agrícola.

 

António Portela ocupa a presidência executiva da Bial.
António Portela ocupa a presidência executiva da Bial. .



Este é o regresso de António Costa à sede da Bial, onde esteve em Janeiro de 2017 para assinar um contrato de investimento no âmbito do sistema de incentivos comunitários do Portugal 2020. Em causa estava um investimento de 37,4 milhões de euros, a realizar até Dezembro de 2018, para incrementar a investigação da empresa nas áreas dos sistemas nervoso central e cardiovascular.

A maior farmacêutica nacional detém mais de 1.300 patentes e, enquanto não chega o terceiro medicamento, previsto até 2022 –, os dois únicos fármacos desenvolvidos no país. Além do antiepiléptico Zebinix – já aprovado em mais de 40 mercados e comercializado na Europa, EUA e que este ano chegou à Coreia do Sul –, tem um outro para tratar a doença de Parkinson. Com o nome comercial Orgentys, resultou de um investimento de mais de 300 milhões de euros e está à venda na Alemanha, Reino Unido e acaba de assinar a entrada no mercado chinês.

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