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Bial vende medicamentos em 55 países

Os medicamentos de inovação própria são a fonte de crescimento das vendas internacionais do maior grupo farmacêutico português, nomeadamente o ‘Zebinix’, medicamento para a epilepsia, e o ‘Ongentys’, medicamento para a doença de Parkinson.

01 de Março de 2017 às 10:53

Fundada em 1924, a Bial investiga e desenvolve soluções terapêuticas. A expansão internacional e a inovação são os eixos estratégicos do grupo. A partir da unidade produtiva em Portugal e nove filiais no resto do Mundo, a Bial vende medicamentos em 55 países. O processo de internacionalização iniciou-se na década de 90. A presença física no exterior começou pela compra de uma empresa em Espanha, a actual filial da Bial em Madrid.

 

Hoje o mercado espanhol é o mais relevante com vendas de 70 milhões de euros em 2016. As restantes filiais europeias incluem Alemanha, Reino Unido, Itália e Suíça, três filiais em África e uma na América Latina. Os medicamentos de inovação própria são a fonte de crescimento das vendas internacionais, nomeadamente o ‘Zebinix’, medicamento para a epilepsia, e o ‘Ongentys’, medicamento para a doença de Parkinson. O antiepilético, lançado em 2009, foi o primeiro medicamento de raiz portuguesa. Hoje é vendido em 23 países. O antiparkinsoniano foi lançado em 2016 na Alemanha e em Inglaterra e vai chegar a outros países europeus, incluindo Portugal.

 

O ‘Zebinix’ tem contribuído para a melhoria da qualidade de vida de muitos doentes com epilepsia em vários países do Mundo. Estes resultados positivos compensam o tempo médio, entre 10 e 15 anos, que demora a desenvolver e a comercializar um medicamento. A entrada nos mercados implica passar por processos de aprovação muito exigentes nos quais as autoridades regulamentares locais avaliam o valor terapêutico e os possíveis efeitos secundários.

 

Alguns países mais exigentes, como o Japão e a China, solicitam ensaios clínicos nos seus cidadãos. Pelo contrário, outros países menos desenvolvidos onde é possível encontrar medicamentos à venda sem registo em locais inapropriados e sem receita médica implicam um maior controlo da Bial. Dificuldades que a Bial tem superado com sucesso, representando as vendas internacionais mais de 60% da facturação total.


Futuro – Modernizar a área industrial

A equipa de investigação da Bial está a investir num novo medicamento para o tratamento da hipertensão arterial pulmonar. Este poderá ser o terceiro medicamento da Bial após o desenvolvimento e comercialização do antiepiléptico ‘Zebinix’ e o antiparkinsoniano ‘Ongentys’.

No curto e médio prazo a Bial pretende consolidar as vendas destes medicamentos na Europa, EUA e Japão e comercializar o ‘Ongentys’ em novos mercados. Assim como, investir 12 milhões de euros, até 2019, para modernizar e expandir a área industrial.



Perguntas a… António Portela presidente executivo

"Conceber fármacos globais"

Qual é o foco da investigação?
A Bial investe, por ano, 20 por cento das vendas em investigação e desenvolvimento, sendo as áreas de enfoque a neurociência e a cardiovascular. O objectivo da Bial é conceber medicamentos globais que possam ser consumidos por ambos os géneros, todas as raças e várias faixas etárias.

Quais são, concretamente, os riscos de desenvolver um medicamento?
O risco de desenvolver um medicamento é enorme porque a maior parte das moléculas nunca chega ao mercado, morre pelo caminho, assim como muitas das moléculas que chegam ao mercado não chegam apagar o investimento que foi realizado.

Qual a aposta internacional da Bial no médio prazo?
Uma das grandes apostas internacionais, no médio prazo, é aumentar as vendas nos mercados norte-americano e japonês.

Bilhete de identidade

Nome e fundação: Bial, 1924
Produto: Medicamentos
Localização: Trofa
Vendas (2016): 233 milhões de euros
N.º de trabalhadores: Mais de 900
Exportação: Mais de 60%
Principais mercados: Entre os principais mercados estão a Espanha e os Estados Unidos da América.



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