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Não há acordo entre PS, PSD e CDS

António José Seguro revelou esta sexta-feira que o "PSD e o CDS/PP inviabilizaram um compromisso de salvação nacional". Numa declaração ao País, após ter estado reunido com Cavaco Silva em Belém, o líder socialista garantiu que o PS "fez tudo o que devia" durante as negociações.

Bruno Simão/Negócios
19 de Julho de 2013 às 20:12
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O secretário-geral do PS revelou esta sexta-feira que o "PSD e o CDS/PP inviabilizaram um compromisso de salvação nacional".

 

Após oito reuniões, em seis dias de negociações entre os três partidos, António José Seguro apontou na sua declaração ao país todas as propostas defendidas esta semana pelo Partido Socialista, sublinhando que “durante esta semana fizemos tudo o que devíamos”. “Estivemos a lutar por soluções realistas para os graves problemas dos portugueses, das empresas e das famílias”, asseverou.

 

“Mesmo assim, o PSD e o CDS inviabilizaram um compromisso de salvação nacional”, disse Seguro, sublinhando que não há acordo.

 

“O actual governo ignorou sistematicamente o PS, mas mesmo assim o PS disse ‘sim’ ao senhor Presidente da República. Eu próprio, como líder do PS, impus-me ao silêncio e cancelei toda a actividade pública. Infelizmente nem todos assim o fizeram”, criticou.

 

“Durante esta semana batemo-nos para que não houvesse mais despedimentos e cortes salariais na função pública. (…) Durante esta semana batemo-nos para que o governo parasse com as políticas de austeridade, e em particular para que não aplicasse os cortes de 4,7 mil milhões de euros. (…) Trabalhámos para a diminuição do IVA da restauração de 23% para 13%. (…) Batemo-nos contra a privatização da TAP, da Águas de Portugal, da RTP e da CGD”, referiu. “Durante esta semana, trabalhámos pelo equilíbrio e sustentabilidade da despesa pública, (…) pela renegociação das maturidades dos empréstimos concedidos. (…) Durante esta semana, lutámos pelo apoio ao investimento público e privado”, exemplificou ainda.

 

“Que fique claro para todos os portugueses o que cada um defendeu”, declarou o líder do PS depois de elencar tudo o que o partido defendeu neste diálogo interpartidário. “A nossa posição está pública no site do PS”, disse ainda.

 

“Alguns olham para as limitações do país e resignam-se. Eu olho para as potencialidades dos portugueses e quero aproveitá-las. Bem hajam”, concluiu Seguro.

 

Já depois da declaração, nas respostas aos jornalistas, Seguro salientou que considera que “durante esta semana, houve conversações que mostraram que nalgumas propostas é possível haver convergência”. “É o resultado positivo desta semana. O PS, ao ter conseguido essa convergência, não deixará de a aproveitar para colocar essas propostas ao serviço dos portugueses”, afirmou.

 

(Notícia actualizada às 20h30)

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