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Cavaco quis conhecer a avaliação que os partidos fazem do processo negocial

Presidente da República chamou os líderes do PS, PSD e CDS, a Belém, para “conhecer a avaliação que os partidos fazem do processo negocial”. Seguro fala às 20h.

27.º - Aníbal Cavaco Silva 
Volta a subir na lista, após intervenção política de fundo durante a crise no Governo durante o Verão.
Miguel Baltazar
Negócios 19 de Julho de 2013 às 19:16
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"O Presidente da República recebeu hoje [sexta-feira], em audiência, sucessivamente, o Secretário-Geral do Partido Socialista, Dr. António José Seguro, o Presidente do Partido Social Democrata, Dr. Pedro Passos Coelho, e o Presidente do CDS-Partido Popular, Dr. Paulo Portas, para conhecer a avaliação que os respectivos partidos fazem do processo negocial visando alcançar um compromisso de salvação nacional”, pode ler-se num comunicado emitido esta sexta-feira pela Presidência da República no final dos encontros de Cavaco Silva com os líderes dos três partidos do arco da governação e que estão desde domingo a negociar um “compromisso de salvação nacional”.

 

Não dando por concluídas as negociações, o Presidente indicia assim que o processo de entendimento entre o PS, PSD e CDS se mantém em aberto, podendo por isso entender-se que se está perante um interregno. Os partidos definiram no domingo passado uma semana como prazo máximo para negociarem. Mas a palavra final sobre a conclusão dos encontros cabe ao Presidente da República.

 

Nas declarações que fez na quinta-feira durante a sua deslocação às ilhas selvagens, Cavaco Silva revelou que tinha pedido aos partidos para se entenderem no prazo de uma semana, mas que foram estes que fixaram essa meta. “Aguardo os resultados com serenidade. Mais não posso fazer”, concluiu na altura.

 

Esta sexta-feira, pelas 20h, António José Seguro fará uma declaração ao País.

 

Os três partidos do arco da governação concluíram esta sexta-feira, por volta das 13h20, a oitava ronda negocial em seis dias para responderem ao desafio do Presidente para chegarem a um "compromisso de salvação nacional". O comunicado que PS, PSD e CDS habitualmente emitem após estas reuniões não tem praticamente informação, contrariamente ao que aconteceu com outros.

 

As intervenções do Presidente da República, do líder do PSD e primeiro-ministro Pedro Passos Coelho e do líder do PS António José Seguro na quinta e sexta-feira indiciam que os três partidos não vão chegar a qualquer entendimento.

 

O Negócios avançou esta sexta-feira que as posições dos partidos da coligação governamental e do PS não se aproximaram após uma semana de negociações, antecipando-se que o desafio de 10 de Julho do Presidente da República acabe com um “não há acordo” por parte dos três partidos do arco da governação.

 

A condição de eleições em 2014 a par da necessidade de acordo para os cortes equivalente a 2,5% acordados com a troika até 2015, com especial relevo para as medidas a adoptar já no Orçamento do próximo ano, não mereceram a convergência de posições dos partidos envolvidos.

 

Uns não querem antecipar eleições para 2014, outros não querem aceitar os cortes na despesa pública acordados com a troika na sétima avaliação regular. E sem a convergência destas posições o entendimento torna-se praticamente inviável. Registe-se que as condições colocadas pelo Presidente na sua comunicação ao país dia 10 de Julho eram cumulativas, isto é, tinham de se verificar todas.

  

(Notícia actualizada às 19h34)

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