Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

Seguro garante que nada fechará no processo de entendimento sem prévia decisão dos órgãos PS

O secretário-geral do PS garantiu hoje que nenhum acordo será fechado no âmbito do processo de entendimento proposto pelo Presidente da República sem consulta prévia aos deputados socialistas e sem decisão dos órgãos do seu partido.

Bruno Simão/Negócios
12 de Julho de 2013 às 16:44
  • 23
  • ...

Esta posição foi transmitida por António José Seguro na reunião que teve com o Grupo Parlamentar do PS, no final da qual não prestou declarações aos jornalistas.

 

Fontes socialistas disseram à agência Lusa que o líder do PS assegurou aos seus deputados que em caso algum serão confrontados "com a ratificação de um acordo" político e salientou que todo o processo, que se encontra ainda numa fase muito embrionária, terá o devido acompanhamento por parte do Grupo Parlamentar e dos órgãos nacionais do PS.

 

Na quinta-feira, durante a reunião da bancada socialista, vários deputados do PS criticaram a actuação do Presidente da República na actual conjuntura política e manifestaram apreensão por António José Seguro entrar num processo de diálogo proposto pelo chefe de Estado sem a devida "margem de segurança".

 

Perante os deputados do PS, Seguro procurou afastar estes receios e referiu que nem a metodologia nem os procedimentos do processo de diálogo estão ainda definidos.

 

Na questão referente à metodologia, o secretário-geral do PS reiterou não entrará num Governo nem apoiará uma solução governativa antes de novas eleições e sublinhou que quer o envolvimento no processo de entendimento de médio prazo de todos os partidos com representação parlamentar e não, tal como referiu o chefe de Estado na sua comunicação ao país, somente os partidos do arco governativo.

 

Ou seja, além do PS, PSD e CDS, Seguro quer também a participação do PCP e do Bloco de Esquerda e, se alguma destas forças políticas se excluir do processo de entendimento, então passará a ser um problema dessa força política que se afastar.

 

Na questão da metodologia, o secretário-geral do PS ressalvou também que o processo envolverá os partidos e, por isso, por três vezes, afirmou no debate sobre o Estado da Nação, perante o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, que o diálogo não envolverá o PS e Governo, mas sim os partidos.

 

Por outro lado, o líder socialista também frisou que os termos do processo de entendimento foram já enunciados pelo Presidente da República na sua comunicação ao país, tendo três pilares, sendo um deles a realização de eleições legislativas antecipadas em 2014.

 

Ainda em relação ao processo de entendimento proposto pelo Presidente da República, António José Seguro considera que sempre tem defendido que um compromisso de médio prazo é favorável ao interesse nacional e que, nessa medida, se impõe um acordo político alargado sobre a sustentabilidade do défice e da dívida pública em Portugal.

Ver comentários
Saber mais Seguro Cavaco crise política
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio