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Seguro recusa que Passos dite os termos do compromisso

O líder socialista tentou esclarecer qual será a sua posição nas negociações com o PSD e o CDS na busca de uma solução governativa, sublinhando que as condições não serão ditadas por Passos Coelho.

Miguel Baltazar
12 de Julho de 2013 às 11:50
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António José Seguro acusou o primeiro-ministro de “tentar apagar a memória destes dois anos” porque “lhe dá jeito”, mas que o PS não o permitirá. “A sua política de austeridade falhou. Já o reconheceu o seu ministro das Finanças, o seu parceiro de coligação e até a directora do FMI. Só não o reconheceu o seu primeiro-ministro de Portugal.”

 

Acerca das negociações, Seguro sublinhou que “não é o primeiro-ministro que ditará os termos”. As regras foram delineadas pelo Presidente da República. “Não há nenhum processo político entre o Governo e o Partido Socialista”, acrescentando que este processo deve envolver o PCP e o Bloco de Esquerda. O secretário-geral do PS lembrou que esses termos envolvem eleições antecipadas em 2014 e um compromisso em torno da redução da dívida.

 

“É com rigor que o PS reafirma a sua disponibilidade para dialogar nestes termos”, afirmou Seguro.

 

Seguro respondeu assim às declarações de Passos Coelho, proferidas também esta manhã, quando disse que pretende que, na próxima semana, os responsáveis da troika se reúnam com os partidos do Governo e com o PS para se encontrar uma solução que “permita cumprir o pedido do Presidente da República e saber que condições é preciso para encerrar com êxito o programa.”

 

Estas declarações foram proferidas durante o Debate do Estado da Nação, que decorre esta sexta-feira no Parlamento, dois dias depois de Cavaco Silva ter surpreendido ao não dar seguimento à proposta de remodelação do Governo, apresentada por Passos Coelho e Paulo Portas, e defendido um acordo de salvação nacional entre os três partidos que assinaram o memorando de entendimento com a troika, apontando para que se convoquem eleições na altura em que termina o programa de ajustamento português, ou seja, a partir de Junho de 2014.

 

Esta decisão surgiu depois de Paulo Portas ter apresentado a sua demissão no dia 2 de Julho, iniciando uma crise política.

 

Os partidos e Governo foram apanhados de surpresa e já ontem estiveram reunidos, quer internamente, quer com o Presidente da República, onde Cavaco Silva terá explicado melhor a sua proposta.

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