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PS: “Não tem sentido iniciar processos paralelos” com o Bloco de Esquerda
Partido liderado por Seguro acusa o Bloco de Esquerda e o PCP de “jogo partidário”, criticando os dois partidos por se terem colocado de parte do diálogo com vista ao “compromisso de salvação nacional” pedido pelo Presidente da República.
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O Partido Socialista deu uma nega à proposta apresentada pelo Bloco de Esquerda, de discussão de programa de governo de esquerda com PS e PCP.
Num comunicado emitido pouco mais de uma hora depois de ter iniciado a reunião entre o PS e o Bloco de Esquerda, a pedido do partido liderado por João Semedo e Catarina Martins, o PS afirma que “não tem sentido iniciar processos paralelos”.
Começando por afirmar que “não recusa nenhum diálogo, nem excluiu nenhum partido nesse diálogo”, o PS lembra que foi o Bloco de Esquerda, e também o PCP, que se excluíram do diálogo em que defende que deveriam participar todos os partidos.
“Agora, em competição, cada um deles lança o seu processo. O PCP com a Intervenção Democrática, Os Verdes e o BE. O BE com o PCP”, mas o “País dispensa este jogo partidário” e “PS não entra neste jogo partidário”, assegura os socialistas.
O PS participou esta terça-feira na terceira reunião com o PSD e o CDS, com vista à obtenção de um “compromisso de salvação nacional”, tal como solicitou o Presidente da República na comunicação que fez ao País.
Depois da reunião, o Bloco de Esquerda afirmou que os socialistas estarão mais inclinados a um entendimento com as forças do Governo do que para uma solução governativa de esquerda.
O comunicado do PS responde já a esta visão, afirmando que o “PS assume por inteiro todas as suas responsabilidades”, sendo que “censurou este Governo em Abril, vai voltar a fazê-lo esta quinta-feira”.
“Para o PS o que está em causa não é salvar este Governo que tem os dias contados”, acrescenta o partido, lembrando que “dialogou com os partidos por sua iniciativa, em Junho deste ano, e continuará todos os diálogos as vezes que forem necessárias”.