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PCP e BE reúnem-se e encontram elementos de “convergência”

“Abrimos aqui o caminho que pode levar à convergência, com uma política alternativa”, disse Jerónimo de Sousa, depois de um encontro com o Bloco de Esquerda. “A reunião que existiu hoje é uma mostra de que é possível uma resposta [alternativa]”, acrescentou Catarina Martins. Ao mesmo tempo, reúnem-se PS, PSD e CDS no Largo do Rato.

Correio da Manhã
19 de Julho de 2013 às 13:41
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Está aberto o caminho que poderá conduzir o Bloco de Esquerda e o Partido Comunista Português, entre outros partidos que se queiram juntar, a uma “convergência”. Esta foi a mensagem saída do encontro da manhã desta sexta-feira entre os dois partidos da esquerda nacional.

 

“Abrimos aqui o caminho que pode levar à convergência, com uma política alternativa”, disse aos jornalistas Jerónimo de Sousa, depois da reunião programada pelo PCP para discutir a actual crise política em Portugal. “Querem fazer crer aos portugueses de que não há uma política alternativa. O que fizemos aqui hoje foi a demonstração cabal de que há”, completou o líder comunista.

 

Do lado do Bloco de Esquerda, Catarina Martins vê também aqui um primeiro passo para a “criação de uma proposta alternativa”, lembrando que a força política tentou criar as bases para um governo de esquerda, rejeitado pelo PS. “Sabemos que há muitos socialistas empenhados em construir uma alternativa à esquerda. A alternância não é mais a resposta. É preciso verdadeiramente uma alternativa. Para isso, trabalharemos com todos”, disse a líder do BE. “A reunião que existiu hoje é uma mostra de que é possível uma resposta [alternativa]”, concretizou.

 

No mesmo sentido falou Jerónimo de Sousa dizendo que só com os dois partidos não se encontrará a solução que o País precisa - deixando o convite a quem se quer juntar. Por isso, disse que há abrangência para abarcar “democratas e patriotas preocupados com o País e que sentem necessidade de mudança, de uma alternativa”. Mas também deixou claro que não há solução sem os dois partidos.

 

Entre os elementos desta alternativa, Jerónimo de Sousa realçou a rejeição do memorando de entendimento assinado em 2011 com a troika, passando pela renegociação da dívida e por uma defesa dos serviços públicos.

 

As forças políticas deixaram claro, contudo, que este é um processo em construção, não se estando, neste momento, a discutir o fim do percurso. Assim, não se falou da eventualidade de haver uma coligação de ambos os partidos para as próximas eleições.

 

Além do Bloco de Esquerda, o PCP vai encontrar-se esta sexta-feira com o partido ecologista Os Verdes, com quem está em coligação no Parlamento (CDU), e a Associação Intervenção Democrática. Destes encontros ficou excluído o Partido Socialista. “O PS, quando aceitou aquela proposta do Presidente da República, claramente fez uma opção”, criticou Jerónimo.

 

Esta é uma conversa à esquerda ao mesmo tempo que se realizam, pelo sexto dia consecutivo, reuniões entre o PSD, CDS-PP e PS para responder ao “compromisso de salvação nacional”.

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