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CGTP considera que PS tomou posição "mais correta"

O secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, considera que o PS tomou a decisão "mais correta" ao rejeitar um acordo com o PSD e o CDS-PP, no âmbito de um compromisso de salvação nacional.

19 de Julho de 2013 às 21:10
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"Perante este desfecho [relativamente a uma futura decisão), ao Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, não resta outro caminho senão convocar eleições antecipadas", disse à Lusa Arménio Carlos, numa reacção à posição assumida esta sexta-feira pelo secretário-geral do PS, António José Seguro, que acusou o PSD e o CDS de terem "inviabilizado" o acordo de 'salvação nacional' proposto pelo Presidente da República.


António José Seguro comunicou esta posição dos socialistas numa "declaração ao país", cerca de uma hora antes de se iniciar a Comissão Política Nacional do PS.

 

"O PSD e o CDS inviabilizaram um 'compromisso de salvação nacional'. Este processo demonstrou que estamos perante duas visões distintas e alternativas para o nosso país: Manter a direcção para que aqueles que, como o PSD e o CDS, entendem que está tudo bem; ou dar um novo rumo a Portugal para aqueles que, como nós, consideram que portugueses não aguentam mais sacrifícios e que esta política não está a dar os resultados pretendidos", justificou o secretário-geral do PS na sua declaração inicial.

 

Perante esta tomada de posição do PS, Arménio Carlos considerou que "o Presidente da República estava a tentar encontrar uma saída tipo ovo de colombo. Uma coligação com o PSD e o CDS-PP comprometeria o futuro do PS nos próximos tempos e, nesse sentido, o PS escolheu a possibilidade mais correta".

 

A Intersindical tem vindo a reivindicar a realização de eleições antecipadas, uma possibilidade que Cavaco Silva rejeitou na comunicação ao país feita a 10 de Julho, na sequência do pedido de demissão do Ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, no dia 2 de Julho.

 

No entender de Arménio Carlos, "mais do que pensarmos na opinião de cada um, o Presidente da República tem de preservar a opinião da esmagadora maioria dos portugueses, que não está de acordo com a política deste Governo".

 

"Trata-se de um Governo apostado em acentuar as políticas de recessão e austeridade. Persistir no erro é conduzir o país para o precipício. Os interesses nacionais não podem subjugar-se aos interesses da direita", reiterou Arménio Carlos.

 

No dia 10 de Julho, o Presidente da República propôs, numa comunicação ao país, um "compromisso de salvação nacional" entre PSD, PS e CDS que permita cumprir o programa de ajuda externa e eleições antecipadas a partir de Junho de 2014.

 

Cavaco Silva considerou também "extremamente negativo para o interesse nacional" a realização imediata de eleições legislativas antecipadas.

 

A declaração do Chefe de Estado surgiu depois de ter ouvido todos os partidos com representação parlamentar e os parceiros sociais.

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