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PSD garante que está de "consciência tranquila"

Jorge Moreira da Silva revelou que o PSD esteve "disponível para fazer concessões políticas ao PS" e acusou os socialistas de terem apresentado propostas "irrealistas". O partido aguarda agora com "serenidade" a avaliação do Presidente da República.

Negócios 20 de Julho de 2013 às 14:13
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O vice-presidente social democrata reagiu ao início da tarde de sábado ao fim das negociações interpartidárias com vista a um "compromisso de salvação nacional", afirmando que o partido fez tudo o que era possível para chegar a um entendimento com os socialistas.

 

"Da nossa parte, estamos de consciência tranquila quanto ao empenho colocado no processo negocial", afirmou Jorge Moreira da Silva, vice-presidente do PSD, numa conferência de imprensa realizada este sábado às 13h00.

 

O responsável social-democrata garantiu que o PSD participou "neste processo negocial por convicção e não por conviniência". "Estávamos disponíveis para fazer concessões políticas ao PS mas isso pressupunha uma abordagem realista por parte dos socialistas", indicou Jorge Moreira da Silva.

 

"Lamentamos o desfecho deste processo negocial", disse o vice-presidente do PSD, acrescentando que o partido "continua disponível para manter o diálogo".

 

O PSD afirma que aguarda agora "com serenidade" a avaliação que será feita pelo Presidente da República. "Este é o tempo do Presidente da República. Até ontem foi o tempo dos partidos", concluiu Jorge Moreira da Silva.

 

Esta sexta-feira à noite, numa comunicação ao País, António José Seguro revelou que "PSD e o CDS/PP inviabilizaram um compromisso de salvação nacional".

 

Após oito reuniões, em seis dias de negociações entre os três partidos, o líder socialista garantiu que o seu partido fez “tudo o que devia”. “Estivemos a lutar por soluções realistas para os graves problemas dos portugueses, das empresas e das famílias”, garantiu Seguro.

 

“Mesmo assim, o PSD e o CDS inviabilizaram um compromisso de salvação nacional”, disse Seguro, confirmando assim que não existia acordo entre os três partidos no sentido de alcançar um compromisso de salvação nacional pedido por Cavaco Silva a 10 de Julho.

 

O processo volta assim para Belém e está nas mãos do Presidente da República decidir qual a solução para a crise política iniciado com a demissão de Paulo Portas, ministro dos Negócios Estrangeiros.

 

Na sua declaração, Cavaco Silva não foi claro quanto ao que poderia acontecer, caso não existisse acordo entre os três partidos. Uma coisa é certa e, como tem acontecido desde a declaração de Cavaco Silva a 10 de Julho, o actual Governo encontra-se “na plenitude das suas funções”.

 

Não havendo um acordo de “salvação nacional”, “existirão sempre soluções para a actual crise política”. “Encontrar-se-ão naturalmente outras soluções no quadro do nosso sistema jurídico-constitucional”, disse.

 

Uma das sugestões que chegou a ser avançada passa por um governo de iniciativa presidencial. Esta hipótese foi, porém, colocada de parte por Cavaco Silva durante a sua viagem às Ilhas Selvagens. “[Está] totalmente excluída a hipótese de um Governo de iniciativa presidencial”, afirmou o Presidente.

 

(Notícia actualizada às 14h34)

 

 

 

 

 

 

 

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