O líder do CDS-PP e vice-primeiro ministro de Portugal, Paulo Portas, frisou hoje que o partido "confia" na palavra do primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, sobre a alegada atribuição de remunerações da empresa Tecnoforma, enquanto era deputado em regime de exclusividade.

Questionado sobre o caso Tecnoforma, durante uma visita a uma empresa de carnes e lacticínios, em Angra do Heroísmo, nos Açores, Paulo Portas alegou que tinha apenas a dizer "a mesma coisa que o líder parlamentar do CDS já disse nos últimos dias"

"Nós confiamos na palavra do primeiro-ministro", sublinhou o líder centrista, horas depois de Pedro Passos Coelho ter garantido, no Parlamento, que não recebeu qualquer valor da Tecnoforma enquanto foi deputado, até 1999, e que só colaborou com esta empresa após o ano de 2001.

Também o líder parlamentar do CDS-PP, Nuno Magalhães, disse que o partido confiava na palavra do primeiro-ministro.

"O CDS manteve a serenidade, e disse que confiava na sua palavra. Pelo que nos disse aqui hoje, a sua palavra merecia ser ouvida e a nossa opção estava certa", disse, durante o debate quinzenal na Assembleia da República.