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Marcelo: “Não se pode correr o risco ser desrespeitoso para as vítimas”

O Presidente da República deu uma entrevista ao Diário de Notícias em que pede respeito pelas vítimas dos incêndios de Pedrógão Grande.

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Negócios 27 de Julho de 2017 às 09:10
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Marcelo de Sousa não critica directamente nenhum dos partidos, mas pede "cabeça fria" aos protagonistas políticos e afasta teorias da conspiração: em democracia "não há desaparecimento de vítimas".

 

Ao DN, o Presidente diz que não lhe "passa pela cabeça que, quem quer que seja, a pretexto de desdramatizar, possa minimizar o apuramento cabal dos factos e das responsabilidades". Portugal é uma democracia e "em democracia não há desaparecimento de vítimas, não há, como se contava de algumas ditaduras estrangeiras, aviões a lançar corpos no mar. Isso não existe".

 

Marcelo considera que a tragédia de Pedrógão é "um facto particularmente relevante e grave", mas pede "cabeça fria". O que não significa que se deva travar o apuramento dos factos. Pelo contrário. Por exemplo, em relação à possibilidade de haver mais vítimas para além dos 64 oficiais, o Presidente pede clareza: "ou está vivo ou está morto, não pode haver uma terceira qualificação", sublinha ao DN.

 

Ou seja, não pode ficar a ideia de que "por razões políticas, se minimiza o que não deve ser minimizado", mas, ao mesmo tempo, não pode ficar a sensação de que se "maximiza e se lida com uma tragédia que pode correr o risco de ser considerada desrespeitosa para as próprias vítimas e para os familiares".

A entrevista completa será publicada no próximo fim-de-semana.

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