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Governo responde que quem deve pedir desculpas ao país é o PSD

O Governo considerou hoje que quem deve pedir desculpas ao país é o PSD por ter agido "com irresponsabilidade" na questão dos mortos da tragédia de Pedrógão Grande, devolvendo aos sociais-democratas o pedido feito ao executivo.

Bruno Simão/Negócios
27 de Julho de 2017 às 19:46
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O PSD tinha devolvido hoje de manhã ao Governo as acusações de atitudes indignas na polémica em torno da lista de mortos nos incêndios de Pedrógão Grande e avisou que este caso não está encerrado, considerando que alguém do executivo socialista "deveria já ter pedido desculpa" aos portugueses.

Questionada pelos jornalistas no briefing de hoje à tarde do Conselho de Ministros sobre estas acusações, a ministra da Presidência, Maria Manuel Leitão Marques, foi peremptória: "o que se passou nos últimos dias é absolutamente lamentável e devolvo o pedido de desculpas ao PSD, que devia pedir desculpas ao país por ter levantado suspeitas em questões de vida ou morte".

Na opinião da ministra, "quem agiu com irresponsabilidade foi o PSD".

"O Governo manteve-se sereno, esperou pela investigação da Procuradoria-Geral da República, que naturalmente esclareceu a devido tempo todo o país", considerou.

Para Maria Manuel Leitão Marques, questões como estas devem ser tratadas "com todo o cuidado, procurando com rigor a informação e não acreditando em quaisquer declarações que possam ser feitas seja por quem for".

Sobre o pedido feito na quarta-feira pela coordenadora do BE, Catarina Martins, para que o Governo cumpra a promessa de aprovar, até ao fim deste mês, a lei que enquadra as reformas das pessoas com longas carreiras contributivas, Maria Manuel Leitão Marques respondeu apenas que esta questão não esteve em discussão no Conselho de Ministros.

Sobre eventuais atrasos nos apoios às populações afectadas pela tragédia de Pedrógão Grande, foi o ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, que respondeu, assegurando que a reconstrução no território "daqueles sete municípios está no terreno" e é assim que o Governo quer que continue, com proximidade às populações.

"No que respeita a Pedrógão Grande, no prazo de pouco mais de uma semana já duplicou o número de casas que estão em reconstrução - já estão 24 nessa fase - e temos a indicação que este ritmo vai progredir muito rapidamente", detalhou.

De acordo com o ministro, "já estão lançados os concursos para os apoios na área da floresta, da agricultura e das atividades económicas".

"Realizou-se uma reunião do conselho de gestão do fundo REVITA - que o Ministério da Segurança Social vos poderá informar - mas que distribuiu, que declarou entre os apoios que podem ser prestados pelo fundo REVITA, os apoios que podem ser prestados pela Fundação Gulbenkian e os apoios da Caritas de Coimbra, as várias verbas de solidariedade que foram destinadas a estes três mecanismos de apoio, que distribui a possibilidade de apoio à reconstrução de habitações entre estes vários instrumentos, para garantir que não há duplicação", sublinhou.

Para Pedro Marques, "o mais importante foi a orientação política e foi a aprovação do regulamento que determinou que a reconstrução das habitações podia avançar sem ter que estar à espera dessas candidaturas".
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