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Lava Jato: Mulher do presidente peruano convocada para depor em comissão

A comissão do Congresso do Peru, encarregada de investigar possíveis ligações de políticos peruanos a empresários brasileiros e ao caso Lava Jato, convocou Nadine Heredia, mulher do Presidente Ollanta Humala, para depor no âmbito da investigação.

Reuters
27 de Março de 2016 às 22:15
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O congressista Juan Pari, que preside à comissão parlamentar peruana encarregada de investigar possíveis ligações de políticos peruanos a empresários brasileiros e ao caso Lava Jato, anunciou ter convocado a primeira dama, para depor a 31 de Março, noticiou o diário Perú21, citado pela agência espanhola Efe.

 

Em causa estão possíveis reuniões de Nadine Heredia com empresários brasileiros, encontradas nas suas agendas, no âmbito da investigação do Ministério Público daquele país, ao suposto financiamento irregular do Partido Nacionalista. O Partido Nacionalista Peruano, de Ollanta Humala, é actualmente presidido por Nadine Heredia.

 

Juan Pari disse ao jornal peruano que enviou uma carta ao Presidente Ollanta Humala para marcar uma reunião com a comissão parlamentar, na qual possa explicar denúncias existentes sobre alegados subornos de empresários brasileiros ao partido.

 

"Ainda não respondeu", disse o congressista, um economista eleito nas listas do Partido Nacionalista. "Preocupa-nos [à Comissão] que o Presidente seja citado em quatro relatórios [da investigação ao financiamento partidário] que temos em nosso poder", acrescentou.

 

A comissão parlamentar acordou ainda pedir o levantamento do segredo bancário a 432 entidades, pessoas singulares e colectivas, entre as quais Nadine Heredia, os ex-presidentes peruanos Alan García (1985-1990/2006-2011) e Alejandro Toledo (2001-2006) e o ex-primeiro-ministro Pedro Pablo Kuczynski, segundo o jornal La República, citado pela agência espanhola de notícias.

 

No início de Março foi tornado público que a polícia brasileira está a investigar eventuais subornos pagos ao Presidente peruano, Ollanta Humala, pela empresa brasileira Odebrecht em troca de contratos no Peru, no âmbito da chamada investigação Lava Jato.

 

Um relatório da Polícia Federal brasileira, de 44 páginas, datado de 5 de Fevereiro, citado então pelas agências internacionais, mostra que os investigadores suspeitam que Humala recebeu três milhões de dólares (27,6 milhões de euros) em subornos da construtora brasileira Odebrecht, em troca de contratos no Peru. 

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