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Debandada de assessores leva Trump a acabar com dois conselhos empresariais

E vão oito esta semana. Perante as deserções de vários dos seus assessores empresariais de topo, Donald Trump anunciou esta quarta-feira o desaparecimento de duas comissões criadas para o aconselharem.

Reuters
16 de Agosto de 2017 às 19:34
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O presidente dos EUA, Donald Trump, está a perder cada vez mais apoios no meio empresarial. Os abandonos começaram por ser graduais, tendo diferentes motivações por detrás, mas esta semana deu-se uma verdadeira debandada devido à forma "branda" como o chefe da Casa Branca reagiu aos confrontos de sábado em Charlottesville, que resultaram num morto e mais de três dezenas de feridos. 

 

Na segunda-feira foi o CEO da Merck, Kenneth Frazier, que anunciou a sua demissão do cargo de conselheiro empresarial de Donald Trump, no American Manufacturing Council.

No dia seguinte foi a vez de os presidentes executivos da Intel, Brian Krzanich, e da Under Armour, Kevin Plank, fazerem o mesmo – isto apesar de Trump ter entretanto apontado o dedo aos grupos extremistas.

A seguirem as mesmas passadas estiveram, logo de seguida, Scott Paul, presidente da Aliança Manufactureira Americana, bem como os representantes da Federação norte-americana do Trabalho e Congresso de Organizações Industriais (AFL-CIO), Richard Trumka e Thea Lee.

 

Esta quarta-feira Trump voltou a dar o dito por não dito, afirmando que havia "gente boa" nos dois lados dos manifestantes. Foi a gota de água para mais dois CEO: Inge Thulin, da 3M, e Denise Morrison, da Campbell Soup.

Trump já reagiu… no Twitter. Depois de na segunda-feira ter dito que a demissão de Frazier seria uma forma de se conseguir fazer baixar os preços dos medicamentos, hoje decidiu que o melhor a fazer seria acabar com os dois conselhos empresariais que estão a perder membros: o Conselho Industrial Americano e o Fórum de Estratégia e Política. "Obrigado a todos!", disse o presidente norte-americano.


Trump tinha dito ontem que iria substituir os conselheiros que tinham abandonado estes dois órgãos, mas hoje decidiu então que seria melhor pôr-lhes um fim.

Ao todo, só esta semana, são já oito os "desertores" de Trump, de entre os seus conselheiros do ramo empresarial. E este número eleva-se se contarmos com Elon Musk, da Tesla, e com Robert Iger, da Walt Disney, que bateram com a porta em Junho, devido à decisão dos EUA de saírem do Acordo de Paris. Também as políticas anti-imigração de Trump provocaram outra baixa junto dos seus assessores: Travis Kalanick, então CEO da Uber.

No campo político, as reacções à forma como Trump tem gerido os confrontos de Charlottesville também se têm sucedido em catadupa. A mais recente foi a do líder republicano do Senado dos EUA, Mitch McConnell, que disse hoje que "não há neonazis bons".

 

Em alta está o antecessor de Trump. Com efeito, o tweett de Barack Obama sobre o que aconteceu em Charlottesville [com uma citação de Nelson Mandela] tem sido partilhado por todo o mundo, sendo já a mensagem com mais "gostos" da história desta rede social (2,7 milhões de "gostos").



(Notícia actualizada às 21:22)

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