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Nova baixa para Trump: "Consciência pessoal" leva CEO da Merck a abandonar órgão consultivo
O presidente da Merck anunciou a sua saída da equipa de conselheiros de Donald Trump para a indústria, sugerindo que o presidente não rejeitou "claramente" as expressões de ódio nas manifestações de supremacistas brancos este fim-de-semana em Charlottesville.
A condenação do presidente norte-americano Donald Trump aos actos de violência do fim-de-semana – considerada branda para com os supremacistas brancos que estiveram envolvidos em confrontos com contra-manifestantes na Virgínia, EUA - levou ao afastamento de um dos seus conselheiros para o sector empresarial.
Kenneth Frazier, CEO do grupo farmacêutico Merck &Co., apresentou esta segunda-feira, 14 de Agosto, a demissão do cargo do American Manufacturing Council, referindo-se às declarações de Trump sobre os confrontos de que resultou um morto e mais de três dezenas de feridos.
"Os líderes americanos devem honrar as nossas visões fundamentais, rejeitando claramente expressões de ódio, fanatismo e supremacias de grupo que vão contra o ideal americano de que todas as pessoas são criadas iguais," anunciou o líder da farmacêutica, ele próprio um afro-americano, na sua conta de Twitter.
"Como CEO da Merck, e enquanto questão de consciência pessoal, sinto-me responsável por tomar uma posição contra a intolerância e o extremismo," acrescentou.
Na mesma rede social, o presidente norte-americano reagiu saudando a saída de Frazier, justificando que dessa forma será mais fácil reduzir os preços dos medicamentos.
"Agora que Ken Frazier da Merck Pharma se demitiu do Conselho Industrial do presidente, teremos mais tempo para BAIXAR OS PREÇOS FRAUDULENTOS DOS MEDICAMENTOS," escreveu o presidente que hoje interrompe as férias-trabalho de 17 dias para se deslocar a Washington.
Apesar de ter condenado a violência em que degeneraram os protestos de neo-nazis, nacionalistas brancos e membros do Ku Klux Klan em Charlottesville, Virgínia, contra a deposição de uma estátua de um general do tempo da Confederação, Donald Trump não particularizou a responsabilização aos supremacistas brancos, preferindo apontar o dedo a todos os envolvidos, manifestantes e contra-manifestantes.
Nos últimos meses, outras decisões tomadas por Trump levaram ao afastamento de líderes empresariais de órgãos de aconselhamento, como aconteceu com os presidentes da Tesla e da Walt Disney depois da decisão de saída do Acordo de Paris e com o então CEO da Uber, Travis Kalanick, que em Fevereiro se demitiu contra as limitações à política de imigração impostas pela Casa Branca a cidadãos oriundos de países de maioria muçulmana.
Desde Abril, de acordo com a Bloomberg, que nenhum dos dois conselhos empresariais criados por Trump – para estratégia e política e para a indústria – voltou a reunir. Além do CEO agora de saída, marcam presença naquele órgão consultivo líderes de topo da Boeing, da Johnson&Johnson e da Dow Chemical.
As acções da Merck valorizam 0,87% para 62,92 dólares. Segundo a Bloomberg, o preço dos medicamentos produzidos pela Merck em 2016 subiu 9,6%, correspondendo a um aumento de 5,5% do preço que é efectivamente pago pelos consumidores.
Kenneth Frazier, CEO do grupo farmacêutico Merck &Co., apresentou esta segunda-feira, 14 de Agosto, a demissão do cargo do American Manufacturing Council, referindo-se às declarações de Trump sobre os confrontos de que resultou um morto e mais de três dezenas de feridos.
"Como CEO da Merck, e enquanto questão de consciência pessoal, sinto-me responsável por tomar uma posição contra a intolerância e o extremismo," acrescentou.
— Merck (@Merck) 14 de agosto de 2017
Na mesma rede social, o presidente norte-americano reagiu saudando a saída de Frazier, justificando que dessa forma será mais fácil reduzir os preços dos medicamentos.
"Agora que Ken Frazier da Merck Pharma se demitiu do Conselho Industrial do presidente, teremos mais tempo para BAIXAR OS PREÇOS FRAUDULENTOS DOS MEDICAMENTOS," escreveu o presidente que hoje interrompe as férias-trabalho de 17 dias para se deslocar a Washington.
Now that Ken Frazier of Merck Pharma has resigned from President's Manufacturing Council,he will have more time to LOWER RIPOFF DRUG PRICES!
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) 14 de agosto de 2017
Apesar de ter condenado a violência em que degeneraram os protestos de neo-nazis, nacionalistas brancos e membros do Ku Klux Klan em Charlottesville, Virgínia, contra a deposição de uma estátua de um general do tempo da Confederação, Donald Trump não particularizou a responsabilização aos supremacistas brancos, preferindo apontar o dedo a todos os envolvidos, manifestantes e contra-manifestantes.
Nos últimos meses, outras decisões tomadas por Trump levaram ao afastamento de líderes empresariais de órgãos de aconselhamento, como aconteceu com os presidentes da Tesla e da Walt Disney depois da decisão de saída do Acordo de Paris e com o então CEO da Uber, Travis Kalanick, que em Fevereiro se demitiu contra as limitações à política de imigração impostas pela Casa Branca a cidadãos oriundos de países de maioria muçulmana.
Desde Abril, de acordo com a Bloomberg, que nenhum dos dois conselhos empresariais criados por Trump – para estratégia e política e para a indústria – voltou a reunir. Além do CEO agora de saída, marcam presença naquele órgão consultivo líderes de topo da Boeing, da Johnson&Johnson e da Dow Chemical.
As acções da Merck valorizam 0,87% para 62,92 dólares. Segundo a Bloomberg, o preço dos medicamentos produzidos pela Merck em 2016 subiu 9,6%, correspondendo a um aumento de 5,5% do preço que é efectivamente pago pelos consumidores.