Notícia
Trump condena supremacistas brancos por violência em Charlottesville
Depois de ter generalizado a responsabilização pelos eventos de sábado que deixaram um morto em Charlottesville, o presidente norte-americano apontou hoje o dedo aos supremacistas brancos e ao Ku Klux Klan.
Depois de ter sido criticado por ter sido demasiado brando na responsabilização da origem da violência no fim-de-semana no Estado da Virgínia, EUA, o presidente norte-americano condenou esta segunda-feira, 14 de Agosto, os supremacistas brancos e o racismo.
"O racismo é o mal e os que geram violência em seu nome são criminosos, incluindo o KKK [Ku Klux Klan], neo-Nazis, supremacistas brancos e outros grupos de ódio que repugnam tudo o que respeitamos enquanto americanos," afirmou Donald Trump a partir da Casa Branca, citado pela Reuters.
No sábado, dia em que os protestos de nacionalistas brancos, membros do KKK e neo-nazis na cidade de Charlottesville com contra-manifestantes resultaram em conflitos e na morte de uma mulher de 32 anos, depois de um atropelamento por um carro, o presidente condenara os episódios de violência.
"Temos TODOS de estar unidos e condenar tudo o que representa o ódio. Não há espaço para este género de violência na América. Vamos unir-nos!," pediu Trump na primeira reacção no sábado, através da rede social Twitter.
Mais tarde, em declarações à imprensa, Trump voltaria a censurar a violência, mas sem nunca se referir aos nacionalistas brancos, neo-nazis ou membros do Ku Klux Klan que participaram na marcha.
"Condenamos, nos termos mais fortes possíveis, esta exibição flagrante de ódio, fanatismo e violência vinda de muitos lados, de muitos lados. (...) Isto vem acontecendo há muito tempo no nosso país - não só com Donald Trump, não só com Barack Obama. Vem acontecendo há muito, muito tempo. Não há lugar para isto na América," afirmou a partir do seu resort de golf em New Jersey, onde tem estado em férias-trabalho.
A reacção de Trump - que, questionado pelos jornalistas, recusou no sábado atribuir responsabilidades específicas aos grupos de neo-nazis, supremacistas e membros do KKK - mereceu críticas de grupos da sociedade civil, democratas e republicanos.
Ainda assim, no sábado as formações extremistas acusaram o toque. O antigo líder do movimento supremacista Ku Klux Klan e também apoiante do presidente norte-americano na campanha de 2016, David Duke, criticou o agora 45.º chefe de Estado no Twitter:
"Então, depois de décadas em que os Brancos Americanos são alvo de discriminação e ódio anti-Brancos, juntamo-nos como um povo e você ataca-nos? Eu recomendaria que se olhasse ao espelho e se lembrasse que foram os Brancos Americanos que o puseram na presidência, não a esquerda radical."
No domingo, a Casa Branca procurou colocar um ponto final sobre o assunto: "O Presidente afirmou ontem [sábado] que condenava todas as formas de violência, intolerância e de ódio. Isso inclui, é claro, os supremacistas brancos, o KKK [Ku Klux Klan, movimento de supremacia branca], os neonazis e todos os grupos extremistas", declarou um porta-voz.
Esta segunda-feira, as críticas continuaram, estendendo-se por exemplo aos líderes empresariais. Foi o caso do CEO da Merck, Kenneth Frazier, que esta segunda-feira apresentou a demissão do grupo de conselheiros de Trump para a área da indústria referindo-se ao que ocorreu na Virgínia.
"Os líderes americanos devem honrar as nossas visões fundamentais, rejeitando claramente expressões de ódio, fanatismo e supremacias de grupo que vão contra o ideal americano de que todas as pessoas são criadas iguais," anunciou o líder da farmacêutica, ele próprio um afro-americano, na sua conta de Twitter.
"Como CEO da Merck, e enquanto questão de consciência pessoal, sinto-me responsável por tomar uma posição contra a intolerância e o extremismo," acrescentou, justificando assim a sua saída do órgão consultivo.
Na mesma rede social, o presidente norte-americano reagiu saudando a saída de Frazier, justificando que dessa forma será mais fácil reduzir os preços dos medicamentos.
"Agora que Ken Frazier da Merck Pharma se demitiu do Conselho Industrial do presidente, teremos mais tempo para BAIXAR OS PREÇOS FRAUDULENTOS DOS MEDICAMENTOS," escreveu o presidente também no Twitter, no dia em que interrompe as férias-trabalho de 17 dias para se deslocar a Washington.
(Notícia actualizada às 18:28 com mais informação)
"O racismo é o mal e os que geram violência em seu nome são criminosos, incluindo o KKK [Ku Klux Klan], neo-Nazis, supremacistas brancos e outros grupos de ódio que repugnam tudo o que respeitamos enquanto americanos," afirmou Donald Trump a partir da Casa Branca, citado pela Reuters.
"Temos TODOS de estar unidos e condenar tudo o que representa o ódio. Não há espaço para este género de violência na América. Vamos unir-nos!," pediu Trump na primeira reacção no sábado, através da rede social Twitter.
Mais tarde, em declarações à imprensa, Trump voltaria a censurar a violência, mas sem nunca se referir aos nacionalistas brancos, neo-nazis ou membros do Ku Klux Klan que participaram na marcha.
"Condenamos, nos termos mais fortes possíveis, esta exibição flagrante de ódio, fanatismo e violência vinda de muitos lados, de muitos lados. (...) Isto vem acontecendo há muito tempo no nosso país - não só com Donald Trump, não só com Barack Obama. Vem acontecendo há muito, muito tempo. Não há lugar para isto na América," afirmou a partir do seu resort de golf em New Jersey, onde tem estado em férias-trabalho.
A reacção de Trump - que, questionado pelos jornalistas, recusou no sábado atribuir responsabilidades específicas aos grupos de neo-nazis, supremacistas e membros do KKK - mereceu críticas de grupos da sociedade civil, democratas e republicanos.
Ainda assim, no sábado as formações extremistas acusaram o toque. O antigo líder do movimento supremacista Ku Klux Klan e também apoiante do presidente norte-americano na campanha de 2016, David Duke, criticou o agora 45.º chefe de Estado no Twitter:
"Então, depois de décadas em que os Brancos Americanos são alvo de discriminação e ódio anti-Brancos, juntamo-nos como um povo e você ataca-nos? Eu recomendaria que se olhasse ao espelho e se lembrasse que foram os Brancos Americanos que o puseram na presidência, não a esquerda radical."
No domingo, a Casa Branca procurou colocar um ponto final sobre o assunto: "O Presidente afirmou ontem [sábado] que condenava todas as formas de violência, intolerância e de ódio. Isso inclui, é claro, os supremacistas brancos, o KKK [Ku Klux Klan, movimento de supremacia branca], os neonazis e todos os grupos extremistas", declarou um porta-voz.
Esta segunda-feira, as críticas continuaram, estendendo-se por exemplo aos líderes empresariais. Foi o caso do CEO da Merck, Kenneth Frazier, que esta segunda-feira apresentou a demissão do grupo de conselheiros de Trump para a área da indústria referindo-se ao que ocorreu na Virgínia.
"Os líderes americanos devem honrar as nossas visões fundamentais, rejeitando claramente expressões de ódio, fanatismo e supremacias de grupo que vão contra o ideal americano de que todas as pessoas são criadas iguais," anunciou o líder da farmacêutica, ele próprio um afro-americano, na sua conta de Twitter.
"Como CEO da Merck, e enquanto questão de consciência pessoal, sinto-me responsável por tomar uma posição contra a intolerância e o extremismo," acrescentou, justificando assim a sua saída do órgão consultivo.
Na mesma rede social, o presidente norte-americano reagiu saudando a saída de Frazier, justificando que dessa forma será mais fácil reduzir os preços dos medicamentos.
"Agora que Ken Frazier da Merck Pharma se demitiu do Conselho Industrial do presidente, teremos mais tempo para BAIXAR OS PREÇOS FRAUDULENTOS DOS MEDICAMENTOS," escreveu o presidente também no Twitter, no dia em que interrompe as férias-trabalho de 17 dias para se deslocar a Washington.
(Notícia actualizada às 18:28 com mais informação)