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Carvalhão Gil é o espião português detido por vender segredos aos russos

A Polícia Judiciária anunciou a detenção de duas pessoas em Roma, na sequência de uma operação entre as autoridades portuguesas e italianas. Um dos detidos é português e chama-se Frederico Carvalhão Gil, soube o Expresso.

Bruno Simão/Negócios
Negócios 23 de Maio de 2016 às 20:08
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A Polícia Judiciária anunciou esta segunda-feira, 23 de Maio, a detenção de duas pessoas em Roma, Itália, pela suspeita de crimes de espionagem, corrupção e violação do segredo de Estado, na sequência de uma "complexa e sensível" operação entre as autoridades portuguesas e italianas.

De acordo com um comunicado difundido no site daquela autoridade, a operação "Top Secret" foi desencadeada no final da semana passada e terminou este domingo. O Diário de Notícias avançava esta tarde, na sua edição online, que um veterano do Serviço de Informações de Segurança (SIS) era suspeito de estar a espiar para as secretas russas, de Vladimir Putin. À Lusa, fonte da PJ confirmou que o detido português trabalhava no SIS.

O indíviduo português estava identificado como C.G., e foi, segundo o DN, apanhado a passar documentos classificados, alegadamente a troco de dinheiro,  a um indivíduo de nacionalidade russa, que será o outro detido. 

O Expresso avança agora o nome do espião português: Frederico Carvalhão Gil. E conta que era um dos mais antigos funcionários dos serviços de "intelligence".

 

Fonte ligada ao processo confirmou à agência Lusa que o outro detido é de nacionalidade russa, estando em causa a venda ilegal de informações aos serviços russos. 

As investigações iniciaram-se depois de procedimentos de segurança levados a cabo pela Direcção do Serviço de Informações de Segurança (SIS) e do Secretário-Geral de Informações da República Portuguesa, Júlio Pereira, ter "participado factos ao Ministério Público que apontavam para a existência de suspeitas da prática de um crime de espionagem, por parte de um funcionário, a favor de um serviço de informações estrangeiro", refere o comunicado da Polícia Judiciária.


A PJ refere ainda que foram apreendidos "elementos com relevante valor probatório" na posse dos dois suspeitos, que foram "presentes às autoridades judiciárias italianas competentes". Os detidos aguardam agora, em prisão preventiva, a extradição para Portugal. 


Num comunicado enviado pela Procuradoria-Geral da República às redacções, a PGR refere que estão também em causa suspeitas de crime de branqueamento e que as detenções ocorreram ao abrigo de dois mandados de detenção europeus emitidos e de uma carta rogatória para diligências de recolha de prova.

Além de Itália, as autoridades fizeram também buscas domiciliárias em Portugal. A operação envolveu a Unidade Nacional Contra Terrorismo daquela polícia, num inquérito dirigido pelo Ministério Público - DCIAP. A PJ fez deslocar funcionários a Itália e contou com a colaboração da Policia de Stato, das operações especiais da polícia italiana, da Interpol Roma e do Eurojust. 


As investigações encontram-se em segredo de justiça. 

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