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António Costa: "Programa eleitoral do PS não é um programa de facilitismo"

O líder do PS apresentou ao final da manhã o projecto de programa eleitoral do PS e garantiu que não é um programa de facilitismo. Foram apresentadas 21 medidas em áreas distintas e anunciada a criação de 100 Unidades de Saúde Familiar.

Miguel Baltazar/Negócios
20 de Maio de 2015 às 14:49
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António Costa apresentou, com João Tiago Silveira, o projecto do programa eleitoral com que o PS se vai apresentar às urnas. E Costa garante que é um programa de rigor. "O programa tem aumento de despesa mas também tem diminuição de despesa. Não é um programa de facilitismo; faz escolhas, decide que é necessário cobrar menos impostos sobre os rendimentos do trabalho mas que é necessário um novo imposto sobre grandes heranças", exemplificou.

 

Costa explicou ainda que o programa eleitoral "diz que é necessário investir mais nas Unidades de Saúde Familiar porque é necessário poupar na despesa que temos nos hospitais". E é possível "tratar com mais proximidade, rapidez e menor custo se o fizermos nas Unidades de Saúde Familiar", destacou. Os socialistas propõem abrir 100 Unidades de Saúde Familiar na próxima legislatura, para dessa forma atribuírem médico de família a 500 mil famílias.

 

"É um programa de rigor", realçou Costa, tal como pretende que seja a legislatura. "Queremos um próximo ciclo de governação marcado pelo rigor e pela participação. Queremos governar melhor governando diferente", garantindo ao mesmo tempo um "Estado forte, inteligente e moderno, que valoriza as funções centrais do Estado, a defesa nacional como garante da nossa soberania, a politica criminal e segurança interna, a agilidade da justiça de forma a ter o primado da lei".

 

Para Costa, é ainda necessário que o Estado seja "capaz de regular o sector financeiro", porque medidas como o "reforço dos mecanismos de regulação do sector financeiro" são "absolutamente essenciais". O Estado tem que ser "inteligente" para travar "esta política de descapitalização que a coligação de direita tem feito dos melhores recursos do Estado". "Não é possível o Estado ser independente se continuar dependente do ‘outsourcing’ e da contratação com o sector privado".

 

O projecto do programa foi apresentado igualmente por João Tiago Silveira, que enumerou uma a uma as 21 questões que Portugal precisa de encarar. Entre elas estava a formação de adultos, estando em cima da mesa o regresso de um programa nos moldes das Novas Oportunidades, que foi interrompido pelo actual Executivo. É também estabelecido o objectivo de ter 40% de diplomados até 2020 na faixa etária entre 30 e 34 anos.

 

Os socialistas propõem ainda um visto para a procura de emprego, para atrair imigrantes, e a criação de bolsas de "habitação acessível" através da mobilização de até 10% do Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social. É também sugerido que os conselhos de administração das empresas tenham uma quota de equilíbrio de género de 33%, bem como eliminar as discriminações no acesso à adopção ou apadrinhamento civil por casais do mesmo sexo.

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