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Pires de Lima considera “muito positivo o anúncio do BCE” e defende continuação de “agenda de reformas”
O ministro da Economia vê com bons olhos a adopção de um programa de compra de dívida soberana hoje anunciada pelo BCE. No entanto, Pires de Lima, a partir de Davos, sublinha a importância de os países prosseguirem as respectivas reformas estruturais de forma a que a Europa possa competir com os Estados Unidos e a Ásia.
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O ministro da Economia António Pires de Lima recebeu com agrado a notícia de que o Banco Central Europeu (BCE) vai assumir um programa alargado de compra de títulos da dívida soberana dos Estados-membros do euro. Em Davos, na Suíça, no âmbito da sua presença no Fórum Económico Mundial, m entrevista à estação televisiva CNBC, Pires de Lima afirmou ver "como muito positivo o anúncio do BCE".
"Acredito que o BCE tem um papel decisivo e este programa de ‘quantitative easing’ poderá desempenhar um papel de grande importância para que nós, na Europa, tenhamos uma inflação normal", explicou o responsável pela pasta da economia nacional.
Todavia, Pires de Lima aproveitou a ocasião para notar que apesar de considerar que Mario Draghi, presidente do BCE, "está a fazer aquilo que é necessário para que a Europa saia da deflação", relativamente ao crescimento da Europa, "além de todas estas medidas de ‘quantitative easing’ temos de continuar a ter em conta a agenda de reformas".
No entender do político centrista, a continuação da prossecução de uma agenda de reformas estruturais como a que "nós, os portugueses, já implementámos e estamos a implementar", é a única forma de garantir o crescimento do Velho Continente e de "competirmos com os Estados Unidos e com a Ásia".
Cerca da hora de almoço, o italiano Mario Draghi anunciou que a autoridade monetária europeia vai mesmo assumir um papel mais activo na tentativa de devolver maiores níveis de crescimento às economias do euro e de estimular a taxa de inflação até perto dos 2%. Draghi revelou que já a partir de Março, o BCE vai investir um montante mensal de 60 mil milhões de euros na compra de títulos até Setembro de 2016.