Notícia
Houthis recusam parar ataques no Mar Vermelho e reforçam ameaça ao comércio mundial
Houthis anunciaram que vão manter ataques a navios norte-americanos e britânicos que cruzam o Mar Vermelho até que seja acordado um cessar-fogo no conflito entre Israel e o Hamas. Apresentados como "autodefesa", esses ataques estão a parar a circulação de navios mercantes na região e a ameaçar subidas de preços das mercadorias.
Os houthis, grupo de rebeldes iemenitas alinhados com o Irão, anunciaram esta quarta-feira que vão manter os ataques a navios norte-americanos e britânicos no Mar Vermelho até haver um cessar-fogo em Gaza. O anúncio de novos ataques está a gerar receios de constrangimentos ao comércio mundial de longo prazo.
Num comunicado emitido esta quarta-feira, o porta-voz dos houthis refere que os ataques no Mar Vermelho, a que chama de "autodefesa" pela guerra em Gaza, vão manter-se nas próximas semanas até que seja acordado um cessar-fogo no conflito entre Israel e o Hamas e seja autorizada a entrada de alimentos e medicamentos em Gaza para dar resposta à "grave crise humanitária".
Os ataques dos houthis, perpetuados em solidariedade com os palestinianos na guerra em Gaza, são dirigidos aos navios mercantes com destino a Israel e todos os navios de guerra americanos e britânicos. São uma forma de represália por esses dois países apoiarem Israel no conflito israelo-palestiniano que se intensificou em 2023.
Em resposta aos ataques, os Estados Unidos e o Reino Unido têm estado a abater alvos dos houthis no Iémen e voltaram a incluir esta milícia islamita pró-xiita, financiada pelo Irão, na lista de "organizações terroristas", depois de terem saído em 2021.
Na noite de terça-feira, os Estados Unidos anunciaram que abateram um míssil anti-navio lançado pelos rebeldes houthis do Iémen sobre o Mar Vermelho. "Não foram registados feridos ou danos", assegurou o Comando Central dos Estados Unidos (Centcom).
O conflito no Mar Vermelho já levou a que a esmagadora maioria dos armadores tenham suspendido temporariamente as viagens na região, substituindo-as pela rota do Cabo da Boa Esperança, na África do Sul. Porém, esse desvio dos navios mercantes significa "seis a 14 dias extra de viagem", o que, a prolongar-se, pode ter impacto no preços das mercadorias.
Pelo Mar Vermelho, circulam navios mercantes responsáveis por cerca de 12% do comércio mundial, representando 1,2 mil milhões de dólares (cerca de 1,1 mil milhões de euros) por ano.
Para participar no Fórum do Caldeirão de Bolsa dedicado à insegurança no Mar Vermelho clique aqui.
Num comunicado emitido esta quarta-feira, o porta-voz dos houthis refere que os ataques no Mar Vermelho, a que chama de "autodefesa" pela guerra em Gaza, vão manter-se nas próximas semanas até que seja acordado um cessar-fogo no conflito entre Israel e o Hamas e seja autorizada a entrada de alimentos e medicamentos em Gaza para dar resposta à "grave crise humanitária".
Em resposta aos ataques, os Estados Unidos e o Reino Unido têm estado a abater alvos dos houthis no Iémen e voltaram a incluir esta milícia islamita pró-xiita, financiada pelo Irão, na lista de "organizações terroristas", depois de terem saído em 2021.
Na noite de terça-feira, os Estados Unidos anunciaram que abateram um míssil anti-navio lançado pelos rebeldes houthis do Iémen sobre o Mar Vermelho. "Não foram registados feridos ou danos", assegurou o Comando Central dos Estados Unidos (Centcom).
O conflito no Mar Vermelho já levou a que a esmagadora maioria dos armadores tenham suspendido temporariamente as viagens na região, substituindo-as pela rota do Cabo da Boa Esperança, na África do Sul. Porém, esse desvio dos navios mercantes significa "seis a 14 dias extra de viagem", o que, a prolongar-se, pode ter impacto no preços das mercadorias.
Pelo Mar Vermelho, circulam navios mercantes responsáveis por cerca de 12% do comércio mundial, representando 1,2 mil milhões de dólares (cerca de 1,1 mil milhões de euros) por ano.
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