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Adidas com atrasos nas entregas e maiores custos devido a interrupções no Mar Vermelho

O aumento das taxas de frete marítimo está a pesar nas margens brutas da empresa alemã. O CEO fala em atrasos de três semanas, numa altura de “elevada procura” da marca desportiva.

Bloomberg
01 de Fevereiro de 2024 às 13:48
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Depois de, em 2023, terem tido lucros abaixo do esperado, 2024 não começa de forma positiva para a Adidas, que prevê um ano "difícil", com receitas de 500 milhões de euros, valor muito abaixo do esperado pelos analistas (1.294 mil milhões de euros).

 

As remessas de produtos desportivos da marca estão atrasadas cerca de três semanas, anunciou o CEO Bjorn Gulden, numa notícia avançada pela Reuters, devido às interrupções na travessia do Mar Vermelho por causa dos ataques houthis, que dizem estar em defesa da Palestina no conflito Hamas-Israel.

 

A juntar ao atraso da entrega de mercadoria aos retalhistas, principalmente aos europeus, Gulden acrescentou que o aumento das taxas de transporte marítimo está a causar pressão nas margens brutas da empresa alemã, que espera que a perturbação não se prolongue.

 

"Quando, de repente, temos linhas de produtos com elevada procura, superior à oferta, um atraso de três semanas é um contratempo. Na minha opinião, é pior do que as taxas de frete mais altas", esclareceu o CEO, que está no cargo um ano.

 

Tem havido uma "explosão" no preço do frete marítimo, que pode afetar os contratos que a Adidas tem até ao verão "se precisarmos de enviar mais do que o que diz o contrato ou se precisarmos de acelerar alguma entrega", referiu Gulden.

 

A gigante alemã não especificou a estimativa do impacto financeiro nas contas que a da interrupção no Mar Vermelho está a ter.

 

No último dia de janeiro, a Adidas publicou o relatório de vendas de 2023, onde reportou um lucro operacional de 268 milhões de euros, abaixo do inicialmente esperado e inferior aos 669 milhões de euros do ano anterior.

 

Para 2024, a marca faz uma perspetiva cautelosa e prevê uma faturação bem abaixo das expectativas dos analistas. Depois do anúncio de um ano difícil, esta quinta-feira as ações da empresa caíram 8%.

 

"O sentimento do consumidor não é bom. Não é como se as pessoas estivessem a fazer fila em todos os lugares para comprar produtos", lamentou, afirmando que o fim do contrato com a marca Yeezy, de Kanye West, também prejudicou a empresa, que tem 1,2 mil milhões de euros "parados" em produtos não vendidos.


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