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Natal chega às bolsas europeias, mas morno. Queda da Nike pressiona Adidas e Puma

Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados durante esta sexta-feira.

Brendan Mcdermid/Reuters
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22.12.2023

Natal chega às bolsas europeias, mas morno. Queda da Nike pressiona Adidas e Puma

No dia 9 de fevereiro, a Europa acordou em sobressalto. Os mercados bolsistas estavam a 'derreter' e a fuga de capitais para os refúgios - ouro e dívida alemã - dava sinais de que o caso era sério. No final do dia, os piores cenários confirmaram. O índice bolsista de banca perdeu quase 30%, as quedas da bolsa oscilavam entre os 18,5% de Frankfurt e os quase 40% de Atenas, com os índices a regressarem à década de 90. O receio em torno da fragilidade financeira da Europa, com o Deutsche Bank à cabeça, assustou muita gente. Dois dias depois, a tempestade desapareceu do mapa.

Os principais índices europeus encerraram maioritariamente em alta na última sessão de negociação antes da época festiva e que, por isso, registou um menor volume de negociação.

Os ganhos foram impulsionados pelo índice de preços nas despesas de consumo das famílias (PCE, na sigla em inglês) nos EUA, que recuou 0,1% em novembro. Este é um dos indicadores preferidos da Reserva Federal para antecipar os números da inflação.

O índice de referência europeu, Stoxx 600, avançou 0,14% para 477,6 pontos. Entre os setores com maiores ganhos estiveram a banca, as telecomunicações e o imobiliário.

A impedir maiores valorizações esteve o retalho, que caiu 1%, num dia em que o setor foi penalizado pela Nike, cujas ações chegaram a afundar 12% em Wall Street, depois de a empresa ter indicado uma previsão muito abaixo das expectativas para as vendas no seu segundo trimestre fiscal.

Penalizadas pelo anúncio da fabricante de equipamento desportivo estiveram a Adidas e a Puma, que desvalorizaram 5,29% e 7,18%, respetivamente.

"As ações europeias têm tido uma prestação excecional e alguma consolidação seria saudável dados os indicadores técnicos demasiado elevados", explicou à Bloomberg o analista Emmanuel Cau do Barclays.

Ainda assim, Emmanuel Cau prevê uma continuação dos ganhos em 2024, acrescentando que há potencial significativo "de os investidores retornarem ao mercado acionista, caso o cenário de 'soft landing' se confirme".

Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão Dax somou 0,11%, o italiano FTSEMIB ganhou 0,26%, o britânico FTSE 100 avançou 0,04% numa sessão mais curta e o espanhol IBEX 35 subiu 0,08%.

Em Amesterdão, o AEX registou um decréscimo de 0,26% e em Paris, o francês CAC-40 deslizou 0,03%.

22.12.2023

Juros aliviam na Zona Euro

Os juros das dívidas soberanas na Zona Euro terminaram a sessão desta sexta-feira maioritariamente a aliviar, num dia em que as bolsas europeias valorizaram.

Os juros da dívida portuguesa a dez anos cederam 2,2 pontos base para 2,510%, a renovarem mínimos de agosto de 2022. Já a "yield" das Bunds alemãs com maturidade a dez anos, referência para a região, agravou-se 1,4 pontos para 1,976%.

Por sua vez, a rendibilidade da dívida espanhola cedeu 1,1 pontos base para 2,873%, ao passo que os juros da dívida italiana recuaram 5 pontos para 3,525% e os da dívida francesa somaram 0,8 pontos para 2,476%.

Fora da Zona Euro, os juros da dívida britânica aliviaram 2 pontos base para 3,501%.

22.12.2023

Petróleo desvaloriza. Atenções centram-se no Mar Vermelho e saída de Angola da OPEP

Após desvalorizar na semana passada, o crude inverteu agora o sentido.

Os preços do petróleo estão a negociar em baixa e a encurtar o segundo ganho semanal consecutivo. Os investidores continuam a centrar-se nos ataques das milícias houthis aos navios do Mar Vermelho, bem como na saída de Angola da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP).

O anúncio por parte do governo angolano está a levantar questões sobre a eficácia do grupo de definir as quotas e, por sua vez, os preços desta matéria-prima.

O West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, recua 0,46% para 73,55 dólares por barril e o Brent do Mar do Norte, referência para as importações europeias, perde 0,49% para 79 dólares por barril.

Ainda a centrar atenções está uma notícia avançada pela Reuters que dá conta que a Rússia vai cortar as exportações petrolíferas através dos seus portos em 100 a 200 mil barris diários no mês de janeiro.

22.12.2023

Ouro segue e soma com perspetivas de cortes de juros da Fed a animarem os investidores

A incerteza exige cobertura de risco. E é aí que o ouro mais brilha, enquanto ativo-refúgio.

Os preços do ouro chegaram a valorizar mais de 1% atingindo um máximo intradiário de três semanas, numa altura em que as "yields" da dívida norte-americana vão aliviando.

As expectativas de que a Reserva Federal irá começar a cortar juros na primeira metade do próximo ano continuam a sustentar os ganhos da matéria-prima.

O ouro soma agora 0,665 para 2.059,39 dólares por onça.

"Os metais preciosos, incluindo o ouro, estão a valorizar, sustentados por expectativas de cortes nas taxas de juro com o mercado a incorporar um primeiro corte pela Fed em março e um total de 150 pontos base em 2024", disse à Reuters Tai Wong, analista independente.

22.12.2023

Franco suíço em máximos de quase nove anos face ao dólar

A divisa helvética avançou esta sexta-feira para máximos face ao dólar desde inícios de 2015, altura em que o banco central suíço abandonou a política de limitar a força da moeda.

A moeda suíça tocou os 0,8551 dólares e os 0,94112 euros.

O franco suíço tem superado este ano o desempenho das principais divisas internacionais, sustentado na opção do banco central helvético de manter a força da moeda. 

A moeda única europeia ganha ligeiramente perante a divisa norte-americana com o euro a cotar nos 1,1014 dólares.

22.12.2023

Dados da inflação animam Wall Street. Nike afunda 12%

As bolsas de Nova Iorque arrancaram a última sessão antes da pausa alargada devido ao Natal em alta, animadas pelos dados divulgados hoje sobre o índice de preços nas despesas de consumo das famílias, o indicador preferido da Reserva Federal (Fed) para antecipar a inflação.

O alívio de 0,1% em novembro no índice veio reforçar a expectativa dos investidores de que a instituição liderada por Jerome Powell inicie o corte das taxas diretoras ainda no primeiro trimestre do próximo ano.

O Dow Jones avança 0,19%, para os 37.476,60 pontos, enquanto o S&P 500 soma 0,45%, até aos 4.768,08 pontos, a caminho da oitava semana consecutiva com saldo positivo, algo inédito nos últimos cinco anos. O tecnológico Nasdaq Composite, por seu turno, ganha 0,52%, para os 15.041,22 pontos.

Entre os principais movimentos do mercado destaca-se pela negativa a Nike. As ações da fabricante de equipamento desportivo afundam 12%, para 108,78 dólares, na maior queda intradiária desde setembro de 2022. A queda surge após a empresa ter indicado uma previsão muito abaixo das expectativas para as vendas no seu segundo semestre fiscal. A Nike apontou ainda que tentará cortar até dois mil milhões de dólares em custos.

22.12.2023

Taxa Euribor desce a 12 meses para novo mínimo desde abril

A taxa Euribor subiu hoje a três meses e desceu a seis e a 12 meses, no prazo mais longo para um novo mínimo desde abril, face a quinta-feira, e permaneceu abaixo de 4% nos três prazos.

Com as alterações de hoje, a Euribor a três meses, que subiu para 3,931%, ficou acima da taxa a seis meses (3,895%) e da de 12 meses (3,581%).

A taxa Euribor a 12 meses, atualmente a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável e que esteve acima de 4% entre 16 de junho e 28 de novembro, desceu hoje para 3,581%, menos 0,001 pontos do que na quinta-feira e um novo mínimo desde abril, depois de ter subido em 29 de setembro para 4,228%, um novo máximo desde novembro de 2008.

Segundo dados do BdP referentes a outubro de 2023, a Euribor a 12 meses representava 37,8% do 'stock' de empréstimos para habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a seis e a três meses representava 35,9% e 23,6%, respetivamente.

No prazo de seis meses, a taxa Euribor, que esteve acima de 4% entre 14 de setembro e 01 de dezembro, também recuou hoje, para 3,895%, menos 0,004 pontos que na sessão anterior e contra o máximo desde novembro de 2008, de 4,143%, registado em 18 de outubro.

Já a Euribor a três meses subiu hoje face à sessão anterior, ao ser fixada em 3,931%, mais 0,015 pontos e depois de ter subido em 19 de outubro para 4,002%, um novo máximo desde novembro de 2008.

As Euribor começaram a subir mais significativamente a partir de 4 de fevereiro de 2022, depois de o BCE ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras devido ao aumento da inflação na Zona Euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.

Na mais recente reunião de política monetária, na quinta-feira, o BCE manteve as taxas de juro de referência pela segunda vez (consecutiva) desde 21 de julho de 2022.

A próxima reunião de política monetária do BCE, que será a primeira de 2024, realiza-se em 25 de janeiro.

As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da Zona Euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

Lusa

22.12.2023

Europa mista com investidores à espera de dados da inflação nos EUA

As bolsas europeias negoceiam mistas, num dia em que os investidores aguardam pela última leitura da inflação este ano nos Estados Unidos. Em causa está o PCE, que permite medir a inflação na ótica da despesa do consumidor.

O Stoxx 600, referência para a região, cai 0,1% para 476,68 pontos. Dos 20 setores que compõem o índice, os da tecnologia e retalho são os que mais perdem (-1,4% e -1,18%, respetivamente), enquanto o dos recursos naturais é o que mais valoriza (0,76%).

Entre as principais movimentações, a Prosus perde mais de 17% após a China ter anunciado restrições para o setor dos jogos online. A Adidas e a Puma cedem mais de 5%, acompanhando a tendência do setor do retalho na Europa.

Nas principais praças europeias, o alemão Dax desliza 0,13%, o francês CAC-40 sobe 0,08%, o espanhol Ibex 35 perde 0,16%, o italiano FTSE Mib cai 0,13% e o AEX, em Amesterdão, recua 0,71%. O britânico FTSE 100 só negoceia a partir das 12h30 [hora de Londres], devido ao período natalício.

22.12.2023

Juros agravam-se na Zona Euro

Os juros das dívidas soberanas na Zona Euro estão a agravar-se, o que sinaliza uma menor aposta dos investidores na dívida soberana. 

A "yield" da dívida pública portuguesa com maturidade a dez anos aumenta 0,4 pontos base para 2,536% e a das Bunds alemãs com o mesmo prazo sobe 0,6 pontos para 1,967%. 

Os juros da dívida espanhola, também a dez anos, sobe 1,2 pontos base para 2,897%, a rendibilidade da dívida francesa agrava-se 0,4 pontos para 2,473% e a da dívida italiana sobe 1,2 pontos para 3,587%.

Fora da região, os juros da dívida britânica a dez anos aliviam 1,4 pontos base para 3,507%, no dia em que foi conhecido que a economia do país contraiu 0,1% no terceiro trimestre.

22.12.2023

Euro desvaloriza ligeiramente face ao dólar

O euro está a desvalorizar muito ligeiramente face à divisa norte-americana, num dia em que o dólar ganha força antes da divulgação do índice de preços com gastos no consumo pessoal (PCE). A expectativa é de que o indicador, que é visto como o favorito da Fed, ofereça mais pistas sobre o curso da política monetária.

A moeda única europeia desde 0,01% para 1,1010 dólares.

Os economistas ouvidos pela Bloomberg estimam que o PCE se tenha situado nos 3,3% em novembro, abaixo dos 3,5% no mês anterior. 


22.12.2023

Ouro ganha com revisão em baixa do PIB a alimentar corte dos juros

O ouro está a valorizar, impulsionado por dados económicos mais fracos que sustentam um alívio da política monetária mais expressivo por parte da Reserva Federal (Fed) dos Estados Unidos no próximo ano. 

O ouro sobe 0,28% para 2.051,58 dólares por onça. Noutros metais, a platina valoriza 0,27% para 970,68 dólares e o paládio soma 0,01% para 1.216,66 dólares.

Após a revisão em baixa do produto interno bruto norte-americano para 4,9% no terceiro trimestre, abaixo dos 5,2% estimados inicialmente, o mercado vê uma maior hipótese (mais de 90%) de um corte dos juros em março. 

As atenções agora estão na divulgação do índice de preços com gastos no consumo pessoal (PCE), que é visto como o indicador favorito da Fed. Isto porque exclui preços mais voláteis, como a energia e alimentos. Uma leitura mais fraca poderá dar força ao metal amarelo, que, por não remunerar juros, tende a ser prejudicado por uma política monetária mais restritiva.


Também no acumulado da semana o ouro caminha para terminar com saldo positivo, com ganhos de mais de 1%.

22.12.2023

Petróleo valoriza e caminha para maior ganho semanal desde outubro

Os preços do petróleo estão a valorizar, à boleia de perturbações no fornecimento de crude devido aos ataques no Mar Vemelho, que levaram centenas de navios a optar por rotas mais demoradas por questões de segurança.

O West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, sobe 0,95% para 74,59 dólares por barril e o Brent do Mar do Norte, referência para as importações europeias, soma 0,97% para 80,16 dólares por barril. 

Também no acumulado da semana o ouro negro valoriza. Tanto o WTI como o Brent registam ganhos semanais de mais de 4%, tratando-se da maior subida semanal desde outubro.

Os ataques dos rebeldes houthis do Iémen no Mar Vermelho, onde está uma das principais rotas globais para o fornecimento de matérias-primas por via marítima, têm levado a um desvio por rotas mais demoradas e, como consequência, mais caras.

A instabilidade naquela região, e respetivo impacto na oferta de crude, está a ofuscar a tensão entre os países na Organização dos Países Exportadores de Petróleo e Aliados (OPEP+). A Angola anunciou ontem a saída da OPEP, colocando fim a 16 anos de parceria. 

22.12.2023

Europa aponta para o vermelho. Novas restrições nos jogos online na China penalizam Ásia

As bolsas europeias apontam para um arranque em terreno negativo, num dia em que os investidores aguardam a divulgação do índice norte-americano de preços com gastos no consumo pessoal (PCE), que é visto como o indicador favorito da Reserva Federal (Fed) norte-americana. 

Além do PCE, dados hoje divulgados no Reino Unido mostram que a economia britânica encolheu no terceiro trimestre, sinalizando que o país poderá já estar em recessão.

Os futuros sobre o Euro Stoxx 50 cedem 0,1%.

Christopher Wong, analista no Chinese Banking afirmou, em declarações à Bloomberg, que "o foco hoje estará na divulgação do PCE", alertando que "qualquer surpresa pode exacerbar o movimento de preço". 

O PCE permitirá perceber os números da inflação na ótica da despesa dos consumidores em novembro e poderá oferecer pistas sobre o curso da política monetária da Fed.

Na Ásia, a negociação terminou mista. Os índices chineses perderam depois de a China ter anunciado novas restrições aos jogos online, o que levou a um golpe nas ações de gigantes tecnológicas como a Tencent e a NetEase.

Na China, o Hang Seng cedeu 1,55% e o Shangai Composite recuou 0,13%. No Japão, o Topix valorizou 0,45% e o Nikkei 0,09%, enquanto, na Coreia do Sul, o Kospi deslizou 0,02%

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