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Taxas de transporte aéreo de carga sobem com o conflito no Mar Vermelho

As empresas de transporte de mercadorias trocam a carga marítima pela aérea para maior rapidez na entrega. O valor da taxa subiu pela primeira vez em sete semanas, impulsionado ainda pelo aumento de exportações antes do Ano Novo chinês.

Reuters
30 de Janeiro de 2024 às 15:35
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A crise do transporte marítimo no Mar Vermelho começou por não afetar o preço do transporte aéreo, já que o efeito negativo dos ataques houthis, que começaram há cerca de dois meses, coincidiu com a época de calma e pouca procura do pós-Natal.

Agora, as consequências do conflito que visa o Canal do Suez começam a ser sentidas. Com as taxas de frete marítimo a subirem em 300%, muitas empresas de transporte de mercadorias garantem cada vez mais espaço na carga aérea, de forma a evitar atrasos no envio de produtos aos clientes. 

Pela primeira vez em sete semanas, as taxas de transporte aéreo aumentaram, no que os analistas acreditam ser um impulso causado pela mudança do modo de envio de mercadorias, aliado ao acréscimo das exportações provenientes do continente asiático antes do Ano Novo Lunar. 

O índice do Baltic Air (BAI), que analisa semanalmente as taxas transacionais de carga geral em várias rotas, subiu 6,4% desde a semana passada até esta segunda-feira, 29 de janeiro, revertendo as quedas registadas em meados de dezembro de 2023, época de pico sazonal, avançou a TAC Index à Reuters.

"O aumento está alinhado com as expectativas de que as taxas possam subir após a interrupção do transporte marítimo no Mar Vermelho, embora fontes também apontem que as taxas muitas vezes aumentam na preparação do Ano Novo Chinês", afirmou a TAC Index.

Na China, muitas fábricas encerram oito dias por causa do Ano Novo Lunar, que este ano se celebra a 10 de fevereiro, o que faz com que as empresas pressionem para acabarem com os stocks antes desta data. Depois disso, vão-se notar mais atrasos na entrega de mercadorias.

O BAI mostra ainda que a taxa nas rotas que partem de Xangai subiu 8,8% em relação à semana passada, liderado por um aumento na procura europeia, de acordo com a última atualização. 

O frete aéreo é mais caro do que o marítimo e representa menos de 1% do comércio global em volume, de acordo com a associação do setor aéreo IATA.


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* Texto editado por Pedro Curvelo

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