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Wall Street termina última sessão da semana com perdas

Os principais índices norte-americanos recuaram no final de uma semana de ganhos robustos, motivados pelas perspetivas dadas pelos primeiros dias da administração Trump.

Mark Lennihan/AP
24 de Janeiro de 2025 às 21:14
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Os principais índices de Wall Street fecharam a última sessão da semana no vermelho, interrompendo quatro sessões de ganhos, com os investidores a aproveitarem o nível elevado das ações para retirar mais-valias após a progressão recente.

O S&P 500 fechou em baixa de 0,37% nos 6.095,98 pontos%, recuando face ao máximo histórico atingido na quinta-feira, enquanto o Dow Jones Industrial Average perdeu 0,32% para 44.424,25 pontos e o Nasdaq Composite desceu 0,50% para 19.954,30 pontos. Ainda assim, os índices registaram ganhos semanais em torno de 2%.

As tecnológicas estiveram entre as principais perdas, depois de terem acelerado no seguimento do anúncio de um investimento massivo em inteligência artificial pela administração Trump. A Nvidia e a Oracle, duas das empresas envolvidas no projeto "Stargate", perderam 3,12% e 1,54%, respetivamente. 

A contribuir para o sentimento negativo, estiveram também alguns dados económicos dos EUA, como a confiança do consumidor, que desceu pela primeira vez em seis meses, e as vendas de casas, que atingiram um mínimo de quase 30 anos em 2024.

Apesar da queda desta sexta-feira, o mercado tem progredido desde a tomada de posse do novo Presidente dos EUA. O discurso sobre as tarifas alfandegárias, que estava a causar receios entre os investidores, tem sido encarado como moderado.

A ideia foi reforçada pelas recentes declarações de Trump, que disse numa entrevista à Fox News que preferia "não ter de aplicar tarifas à China", depois de ter dito que continuava a considerar a aplicação de taxas de 10% sobre os bens chineses.

A animar os mercados na quinta-feira, esteve também a intervenção de Trump no Fórum Económico Mundial, em que pediu à OPEP e à Arábia Saudita para baixar os preços do petróleo e aos bancos centrais para cortarem as taxas de juro, o que favoreceria o crescimento económico.

"Estamos nos primeiros dias, mas nada do que o Presidente Donald Trump disse ou fez causou uma reação negativa nos mercados financeiros", refere Chris Iggo, da AXA Investment Managers, citado pela Bloomberg ."Bastante pelo contrário. Está a compensar manter o investimento."

Na próxima semana, os investidores vão estar concentrados noutros catalisadores para o mercado, como o arranque da temporada de resultados das grandes tecnológicas, e a reunião de política monetária da Reserva Federal (Fed) – a primeira desde que Trump tomou posse.

Apesar do apelo de Trump, as probabilidades são de quase 100% de que o banco central mantenha as taxas diretoras no nível atual. Contudo, a conferência de imprensa do presidente da Fed, Jerome Powell, poderá dar mais pistas sobre o rumo da política monetária sob a nova administração.           

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