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Trump diz que FBI lhe garantiu "três vezes" que não estava a ser investigado

Em causa as possíveis ligações entre a campanha Trump e a Rússia no período pré-eleitoral, que o FBI estaria a investigar. O presidente admitiu ter perguntado por três vezes ao director demitido, James Comey, sobre o seu próprio envolvimento.

Em Portugal, os primeiros cinco meses do ano foram de um optimismo irritante. Lá fora, Donald Trump, continua na crista da onda, embora nem sempre pelas melhores razões. 2017 promete.
11 de Maio de 2017 às 18:43
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O presidente norte-americano revelou ter questionado, por três vezes, o antigo director do FBI James Comey (que entretanto demitiu) sobre se ele próprio estaria a ser investigado por aquele gabinete federal sobre as suas ligações com a Rússia e que lhe foi garantido que essa investigação não existia.


"De facto perguntei-lhe", admitiu Donald Trump em entrevista à cadeia de televisão NBC News esta quinta-feira, 11 de Maio, especificando que o fez uma vez durante um almoço e duas vezes pelo telefone. "E disse: se for possível, podia dizer-me? (…) E ele respondeu: 'Não está sob investigação'."

A estação de televisão frisa que não é habitual que um presidente questione directamente o FBI sobre se é alvo de investigação nem que o gabinete federal confirme ou negue a existência dessa investigação.

Donald Trump demitiu esta terça-feira o director da polícia federal norte-americana, o FBI. O afastamento foi justificado pelo facto de Comey não ter feito um "bom trabalho" na investigação ao uso de contas de e-mail pessoal de Hillary Clinton em troca de mensagens sensíveis quando esta era secretária de Estado.

O presidente insistiu que já estava a pensar demitir Comey, antes mesmo de o procurador-geral Rod Rosenstein lhe ter enviado um memorando onde apontava nesse sentido. E responsabilizou o ex-director pelo "tumulto" vivido na agência federal desde há menos de um ano para cá, situação de que "não recuperou".

Mas o afastamento de Comey tem sido interpretado pelos democratas como forma de perturbar a investigação que o FBI tem em curso para tentar apurar se a campanha presidencial de Donald Trump foi de alguma forma favorecida pela intervenção da Rússia. "Se a Rússia fez alguma coisa, eu quero sabê-lo," garantiu, negando qualquer conluio com Moscovo no período pré-eleitoral.

"[Comey] estava a liderar uma investigação em curso sobre a existência de ligações entre a campanha de Trump e o governo russo, e de que forma terá havido uma coordenação entre a campanha e os esforços da Rússia para interferir na nossa eleição, afirmou por seu lado o senador democrata Mark Warner.

O líder da minoria Democrata no Senado, Chuck Schumer, pediu a nomeação de um procurador especial para investigar o caso e que se isso não acontecer (ao contrário do que sucedeu com Nixon no caso Watergate) os americanos terão razões para pensar que o afastamento de Comey é uma manobra para "encobrir" algo.

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