Notícia
Trump nega que tenha gravado conversas com ex-director do FBI
A um dia de terminar o prazo dado pelo Congresso para enviar as alegadas gravações de conversas com James Comey, Donald Trump vem matar a dúvida que o próprio tinha criado no início de Maio: não há gravações nenhumas.
Depois de semanas de especulação criada pelo próprio presidente norte-americano, Donald Trump vem agora negar que tenha feito quaisquer gravações de conversas tidas com o então director do FBI, James Comey, que acabaria por demitir.
"Com todas as informações recentemente conhecidas sobre vigilância electrónica, escutas e fugas ilegais de informação, não tenho ideia onde estão as gravações das minhas conversas com James Comey, mas não fiz nem tenho essas gravações," escreveu Trump em duas mensagens de Twitter esta quinta-feira, 12 de Junho.
A suspeita da existência de gravações sobre os contactos tidos entre os dois homens foi levantada pelo próprio Donald Trump, quando dias depois de demitir Comey sugeriu a possibilidade de as ter registado como forma de tentar impedir que o antigo director do FBI contasse aos jornalistas a sua versão dos acontecimentos.
"É melhor para James Comey que não haja gravações das nossas conversas antes de ele começar a falar à imprensa," escreveu na altura.
Na altura em que era director do FBI, aquela agência conduzia uma investigação - ainda em curso - para apurar se houve conluio entre a campanha presidencial de Donald Trump e indivíduos oriundos da Rússia tendo em vista a intervenção externa no processo eleitoral norte-americano que em Novembro passado elegeu Trump presidente.
As declarações chegam duas semanas depois de a Câmara dos Representantes que investiga também a possível interferência russa ter pedido informações sobre a existência de gravações pedindo que, caso existissem, fossem remetidas ao Comité dos Serviços de Informações no Congresso.
Por várias vezes Trump referiu-se ao processo de investigação dos laços à Rússia como uma "caça às bruxas". A destituição de Comey tomou proporções de escândalo quando surgiram informações que davam conta de que Trump teria pedido ao então director do FBI que fosse brando na investigação ao, à data, seu conselheiro de segurança nacional Michael Flynn, por contactos não declarados com diplomatas russos.
Não é a primeira vez que Trump é obrigado a recuar em declarações sobre possíveis gravações de conversas. Em Março - como quase sempre, no Twitter - tinha acusado o seu antecessor Barack Obama de ter posto "escutas" na torre Trump em Nova Iorque antes de ganhar as eleições. O porta-voz de Trump, Sean Spicer, veio depois pôr água na fervura, argumentando que o presidente não queria dizer aquilo que parecia que queria dizer.
With all of the recently reported electronic surveillance, intercepts, unmasking and illegal leaking of information, I have no idea...
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) 22 de junho de 2017
...whether there are "tapes" or recordings of my conversations with James Comey, but I did not make, and do not have, any such recordings.
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) 22 de junho de 2017
A suspeita da existência de gravações sobre os contactos tidos entre os dois homens foi levantada pelo próprio Donald Trump, quando dias depois de demitir Comey sugeriu a possibilidade de as ter registado como forma de tentar impedir que o antigo director do FBI contasse aos jornalistas a sua versão dos acontecimentos.
"É melhor para James Comey que não haja gravações das nossas conversas antes de ele começar a falar à imprensa," escreveu na altura.
Na altura em que era director do FBI, aquela agência conduzia uma investigação - ainda em curso - para apurar se houve conluio entre a campanha presidencial de Donald Trump e indivíduos oriundos da Rússia tendo em vista a intervenção externa no processo eleitoral norte-americano que em Novembro passado elegeu Trump presidente.
As declarações chegam duas semanas depois de a Câmara dos Representantes que investiga também a possível interferência russa ter pedido informações sobre a existência de gravações pedindo que, caso existissem, fossem remetidas ao Comité dos Serviços de Informações no Congresso.
Por várias vezes Trump referiu-se ao processo de investigação dos laços à Rússia como uma "caça às bruxas". A destituição de Comey tomou proporções de escândalo quando surgiram informações que davam conta de que Trump teria pedido ao então director do FBI que fosse brando na investigação ao, à data, seu conselheiro de segurança nacional Michael Flynn, por contactos não declarados com diplomatas russos.
Não é a primeira vez que Trump é obrigado a recuar em declarações sobre possíveis gravações de conversas. Em Março - como quase sempre, no Twitter - tinha acusado o seu antecessor Barack Obama de ter posto "escutas" na torre Trump em Nova Iorque antes de ganhar as eleições. O porta-voz de Trump, Sean Spicer, veio depois pôr água na fervura, argumentando que o presidente não queria dizer aquilo que parecia que queria dizer.