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Trump diz que Obama é que obstruiu investigação à Rússia

O presidente norte-americano exige um pedido de desculpas dos investigadores por, em quatro meses, não terem encontrado provas de conluio entre a campanha de Trump e Moscovo. E aponta o dedo a Obama que, diz, sabia da intervenção externa e nada fez.

Reuters
26 de Junho de 2017 às 16:18
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O presidente norte-americano responsabilizou o seu antecessor no cargo, Barack Obama, de conluio ou obstrucção à investigação por alegadamente ter tido conhecimento da intervenção da Rússia na campanha eleitoral presidencial norte-americana e nada ter feito porque isso favoreceria a candidata democrata, Hillary Clinton

Em várias mensagens publicadas na rede social Twitter esta segunda-feira, 26 de Junho, Donald Trump exige também um pedido de desculpas dos investigadores.

"A razão pela qual o Presidente Obama NADA fez sobre a Rússia depois de ter sido avisado da intromissão pela CIA é que ele esperava que Clinton ganhasse... e não quis 'agitar o barco'. Ele não 'agitou," ele conspirou ou obstruiu e isso não beneficiou os Democratas nem a Hillary Desonesta," escreveu Trump.



O FBI tem em curso uma investigação para apurar possíveis contactos entre membros da campanha de Donald Trump e responsáveis russos que possam configurar uma intervenção externa na campanha eleitoral como os ciberataques que expuseram informação do partido democrata durante a campanha eleitoral.

À Reuters, nem a Casa Branca, nem representantes de Obama quiseram comentar as afirmações de Donald Trump. Já ontem o presidente se tinha referido ao caso em entrevista na estação de televisão Fox, apontando o dedo a Obama por alegadamente ter conhecimento da intervenção russa e nada ter feito.

Ainda no Twitter, Trump exigiu um pedido de desculpas aos investigadores por, em quatro meses, não terem ainda encontrado provas de envolvimento da "equipa de T[rump]" no conluio com Moscovo.

A administração Obama acusou a Rússia, em Outubro, de levar a cabo ciberataques tendo como alvo estruturas do partido democrata nas semanas que antecederam a eleição presidencial de 8 de Novembro. No mês seguinte a Casa Branca pediu às agências federais que analisassem os ataques informáticos e a possibilidade de intervenção externa, tendo os serviços de inteligência concluído que Moscovo tentou favorecer Trump através do roubo e disseminação de mensagens de e-mail.

Acusações que têm sido refutadas tanto por Donald Trump como pelo presidente russo Vladimir Putin. O próprio Donald Trump confirmou há cerca de uma semana que está sob investigação.

"Estou a ser investigado por despedir o director do FBI [James Comey] pelo homem que me disse para despedir o diretor do FBI! Caça às bruxas", afirmou. Trump teria pedido a Comey que fosse brando na investigação ao, à data, seu conselheiro de segurança nacional Michael Flynn, por contactos não declarados entre Flynn e diplomatas russos.
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